Acusado de racismo contra jogador, presidente do conselho do Brusque chama Lula de “maior ladrão da história”

Atualizado em 30 de agosto de 2021 às 11:38
Júlio Petermann.
Foto: Reprodução/Redes sociais

O meia Celsinho, do Londrina, denunciou ter sido chamado de “macaco” por um senhor ligado ao Brusque durante jogo da Série B.

Durante o intervalo da partida, o jogador chamou o quarto árbitro e mostrou a pessoa que proferiu as ofensas racistas.

Ele apontou para Júlio Antonio Petermann, presidente do conselho deliberativo do time de Santa Catarina.

“Vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha”, disse Petermann para o atleta, de acordo com a súmula da partida.

Como já era de se esperar, Júlio Petermann é um verdadeiro cidadão de bem.

Em publicações nas redes, ele chama o ex-presidente Lula de “maior ladrão da história do mundo”.

Segundo o catarinense, foi o Guinness Book que deu este título ao petista por “recorde de roubo”.

Post do Facebook de Júlio Petermann

Outro post mostra uma montagem de Lula chorando porque ninguém o chamou de “mito”, “só de ladrão”.

Após a repercussão do caso de racismo, Petterman tornou privadas suas redes sociais, talvez para esconder um lamaçal de postagens bolsonaristas.

Brusque atacou jogador alvo de racismo e o acusou de “oportunismo”

O Brusque soltou uma nota oficial neste domingo (29) atacando o jogador Celsinho, do Londrina.

A equipe patrocinada pela loja Havan afirmou que a acusação de racismo feita pelo atleta é “oportunismo”. O clube ainda prometeu que vai processá-lo.

Leia a nota abaixo:

O atleta Celso Honorato Júnior, reserva do Londrina E.C., relatou à imprensa que teria sido chamado de ‘macaco’ por membros da Diretoria do Brusque F.C., durante o jogo realizado ontem (28/08).

O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos. Com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas.

Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista. Nosso clube condena veementemente qualquer pensamnto ou prática nesse sentido.

O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo. Caracterizando verdadeira ‘perseguição’ ao mesmo.

Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de ‘macaco’. Mas sim que teriam dito ‘vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha’. O que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos.

O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo. E tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime.

Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artifício esportivo, nem, tampouco, com oportunismo.

A Diretoria.