Advogado da Americanas diz que ex-diretores “trabalhavam para fraudar”

Atualizado em 1 de julho de 2024 às 22:18
Fachada de uma unidade da Americanas. Foto: Reprodução

O advogado do Conselho de Administração e da Americanas, Celso Vilardi, disse que o rombo de R$ 25 bilhões na varejista “trata-se de uma fraude incrivelmente documenta”.

“É até difícil acreditar que eles deixaram tanta coisa por escrito”, disse o advogado à apresentadora Daniela Lima, do Conexão GloboNews.

Vilardi conduziu uma auditoria interna na empresa, analisando mais de 600 documentos, os quais foram enviados às autoridades e são citados sem diversos trechos da denúncia apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF).

Segundo Vilardi, há registros baixados automaticamente pelo sistema da empresa, pelo uso de celulares e equipamentos corporativos, até de conversas sobre como blindar patrimônio diante de um eventual avanço das investigações.

Advogado Celso Vilardi. Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress

“Nos documentos encontrados em equipamentos funcionais, celulares, Ipads, há menção explícita inclusive a blindagem patrimonial”, afirmou.

“Quando você mergulha a fundo, percebe que eles não trabalhavam para a companhia, eles trabalhavam para fraudar. São dezenas e dezenas de documentos que antecediam reuniões trimestrais de apresentação de balanços ao conselho. E esses documentos registram idas e vindas de informações falsas para ajeitar alíneas financeiras, transformar prejuízo em lucro”, acrescentou.

Ainda segundo o advogado, os ex-diretores da companhia, Miguel Gutierrez e Anna Saicali, eram “até os mais discretos”. “Mas a Anna presidiu a B2W, empresa que era deficitária, mas aparecia como lucrativa. Ela participava do encontro de contas e há registro de planilhas falsas passando por ela”, disse.

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