
O ex-Secom Fabio Wajngarten, que atua na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu, pelas redes sociais, a possibilidade do tenente-coronel Mauro Cid ser morto pelo acordo de delação com a Polícia Federal (PF) e pediu apuração de autoridades no caso.
O militar e seu advogado, Cezar Bitencourt, estiveram no Supremo na última quarta-feira (6) para uma audiência sobre a delação. Vale destacar que, nas últimas semanas, o ex-ajudante de ordens prestou cerca de 26 horas de depoimento sobre casos que envolvem Bolsonaro,
Em sua conta no Twitter, Wajngarten compartilhou um texto do jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, intitulado “Se for solto antes de delatar, Mauro Cid corre o risco de ser morto”.
Na legenda, o advogado escreveu: “A quem possa interessar: Faço um apelo URGENTE para que as autoridades competentes apurem com máximo rigor referida possibilidade. As vezes o jornalista tem informações que outros não possuem. Faz-se necessário esclarecer de IMEDIATO”.
A quem possa interessar:
Faço um apelo URGENTE para que as autoridades competentes apurem com máximo rigor referida possibilidade.
As vezes o jornalista tem informações que outros não possuem.
Faz-se necessário esclarecer de IMEDIATO. pic.twitter.com/P7T5T12K8D— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) September 9, 2023
“Onde está hoje, o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro está seguro. Caso seja solto antes de delatar, sua vida correrá perigo, segundo ouvi de um ministro de Estado sinceramente preocupado com a situação de Mauro Cid. O tenente-coronel é dono de segredos que Bolsonaro gostaria que fossem sepultados com ele”, diz um trecho do artigo de Noblat.
Na quinta-feira (07), Wajngarten já tinha mostrado preocupação com o depoimento de Mauro Cid. “Não há o que delatar”, escreveu no Twiiter. “A quem possa interessar em pleno feriado de 7 de setembro completamente esvaziado: não há o que delatar”.
A quem possa interessar em pleno feriado de 7 de setembro completamente esvaziado:
– não há o que DELATAR.— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) September 7, 2023
Cid é investigado em uma série de temas, entre eles, os casos das joias sauditas recebidas e vendidas ilegalmente pela gestão bolsonarista e da falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro e seus familiares. Ele está preso desde maio.