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O advogado Paulo Faria, que representa o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), se recusou a fazer teste de Covid-19 para entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) e atrasou o início da sessão que estava prevista para iniciar às 14h, mas só deu abertura às 15h20, nesta quarta-feira (20).
O plenário do STF julga na tarde de hoje uma ação penal contra Silveira. Ao iniciar a sessão, o presidente do STF, Luiz Fux, justificou o atraso para o começo do julgamento.
Segundo o ministro, o advogado inscrito para representar o deputado na sessão se recusou a fazer um teste de Covid-19 e informou que não havia tomado a vacina contra a doença. Portanto, ele foi impedido de entrar no plenário.
Fux informou também que foi disponibilizado um link para que a sustentação seja feita por videoconferência. A justificativa dele seria de que fez um teste em janeiro e havia machucado sua narina. “Eu fiz [o teste RT-PCR de Covid19] em janeiro e feriu minha narina, daí minha resistência”, explicou ele durante o julgamento.
Por fim, o advogado aceitou fazer o teste, que teve resultado negativo. O presidente da Corte determinou que fosse enviado ofício à Ordem dos Advogados no Brasil (OAB) para que a conduta do defensor seja analisada.
Daniel Silveira se tornou réu por divulgar, em fevereiro do ano passado, um vídeo nas redes sociais com ameaças a ministros do STF e apologia ao AI-5. A Procuradoria-Geral da República denunciou o parlamentar, em 17 de fevereiro de 2021, por ser autor de agressões verbais e ameaças a ministro, incitar a violência para impedir o livre exercício dos Poderes e estimular a animosidade entre as Forças Armadas e o STF.
“Eu fiz [o teste RT-PCR de #Covid19] em janeiro e feriu minha narina, daí minha resistência”, diz advogado do deputado federal Daniel Silveira, tentando justificar sua recalcitrância indevida, responsável pelo atraso de mais de uma hora no julgamento do STF pic.twitter.com/9iLnNu1595
— Jeff Nascimento (@jnascim) April 20, 2022