Advogado Geral da União diz que Alexandre Garcia será processado por fake news sobre enchentes no RS

Atualizado em 11 de setembro de 2023 às 0:22
Alexandre Garcia: mentira criminosa

O advogado-geral da União, Jorge Messias, declarou em suas redes que o estado brasileiro vai processar o ex-jornalista em atividade Alexandre Garcia, que espalhou uma fake news grotesca dizendo que a culpa pelas enchentes no Rio Grande do Sul é do PT.

“Determinei à Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia a imediata instauração de procedimento contra a campanha de desinformação promovida pelo jornalista. É inaceitável que, nesse momento de profunda dor, tenhamos que lidar com informações falsas”, escreveu Messias. “Vamos buscar a responsabilização”.

No canal da revista Oeste, mais conhecida como Faroeste, no YouTube, Garcia inventou que a tragédia, que até agora deixou 46 mortos, é resultado da abertura de comportas de represas construídas pelo Partido dos Trabalhadores.

“É preciso investigar, porque não foi só a chuva. A chuva foi a causa original. Mas no governo petista foram construídas, ao contrário do que recomendavam as medições ambientais, três represas pequenas que aparentemente abriram as comportas ao mesmo tempo”, falou.

“Isso causou uma enxurrada parecida com aquelas que acontecem aqui perto de Brasília, na Chapada dos Veadeiros, e que levam as pessoas e que matam pessoas porque a água vem de repente”.

A cascata prosseguiu: “Imagina a ponte de ferro que caiu, que foi levada: o pilar da ponte tem uma altura que equivale a um prédio de seis andares. E a água subiu de repente”.

O governo federal anunciou neste domingo (10) o repasse de R$ 741 milhões em recursos para as cidades atingidas pela passagem de um ciclone extratropical.

O anúncio foi feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que esteve com uma comitiva de oito ministros no estado.

O pagamento do Bolsa Família neste mês será integralmente feito no dia 18.

Alckmin sobrevoou regiões afetadas pela enchente e visitou a cidade de Muçum, virtualmente desaparecida. Parte da origem dos recursos foi detalhada por Alckmin desta maneira:

  • R$ 225 milhões por meio do Ministério das Cidades;
  • R$ 195 milhões por meio do Ministério da Integração;
  • R$ 125 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);
  • R$ 80 milhões por meio do Ministério da Saúde;
  • R$ 57 milhões por meio do Ministério do Desenvolvimento Social;
  • R$ 26 milhões por meio do Ministério da Defesa;
  • R$ 16 milhões por meio do Ministério dos Transportes;
  • R$ 7 milhões por meio da Receita Federal