Na última sexta-feira, 2, advogados bolsonaristas de Cascavel, no Paraná, resolveram celebrar o Dia dos Criminalistas em grande estilo nazista.
Num ato em frente à subseção da OAB eles promoveram uma queima de livros.
A entidade divulgou nota destacando que a iniciativa “não foi oficial e alheia à sua programação”, que o protesto foi realizado “na parte externa da estrutura, portanto, em ambiente público” e que “quaisquer desdobramentos futuros sobre a ação são de inteiramente responsabilidade de seus idealizadores ou participantes”.
A façanha é de um grupo chamado “Advogados de Direita”. A coisa foi um “repúdio aos desmandos do STF e TSE”.
Em 10 de maio de 1933, os nazistas queimaram montanhas de livros nas praças da Alemanha para realizar uma “limpeza” da literatura.
Tudo o que fosse crítico ou se desviasse dos padrões impostos pelo regime foi destruído. Stefan Zweig, Thomas Mann, Sigmund Freud, Erich Kästner, Erich Maria Remarque e Ricarda Huch tiveram suas obras transformadas em cinzas.
O poeta nazi Hanns Johst declarou que foi a “necessidade de purificação radical da literatura alemã de elementos estranhos que possam alienar a cultura”.
Seu colega Heinrich Heine enxergou mais longe: “Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas.”
Os volumes incinerados pelos causídicos paranaenses eram de Alexandre de Moraes e o sonho deles era imolá-lo pessoalmente.
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