Advogados peticionam que Lava Jato de Curitiba não pode julgar nova denúncia contra ex-presidente Lula

Atualizado em 18 de setembro de 2020 às 16:04
Zanin e a defesa de Lula. Foto: Filipe Araújo

Publicado originalmente no site de Lula

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ao Juiz Luiz Antonio Bonat, da 13º Vara Federal do Paraná, petição demonstrando que a nova denúncia feita pelos procuradores da Lava Jato contra Lula, ainda assinada por Deltan Dallagnol, não pode ser julgada em Curitiba por não ter, mesmo na hipótese acusatória, qualquer relação com a Petrobrás.

A manifestação da defesa reafirma a inocência do ex-presidente, a legalidade das doações que foram registradas, declaradas e feitas anos depois de Lula deixar a presidência, e de que o ex-presidente não pode ser confundido com a pessoa jurídica do Instituto Lula.

Mas que tais questões e outras relativas à denúncia sequer seriam de competência de julgamento da Lava Jato de Curitiba, por não terem relação alguma com contratos na Petrobrás, como exposto até na peça de acusação e depoimentos de delatores sobre a suposta planilha “Italiano”, que o Supremo já julgou não ser da competência da 13º Vara Federal do Paraná.

A multiplicação de acusações contra Lula, cada vez mais absurdas, apenas configuram a prática de lawfare e perseguição jurídico-política pelos procuradores da chama “Força-tarefa Lava Jato de Curitiba”, cuja suspeição é objeto de um Habeas Corpus da defesa que aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal, e cuja atuação política contra o ex-presidente na “coletiva do Power Point” já foi reconhecida pelo Conselho Nacional do Ministério Público, não tendo sido punida apenas por estar prescrita após 42 adiamentos do julgamento.