Aécio não morreu e está próximo de alcançar seu objetivo: enterrar a carreira de João Doria. Por José Cássio

Atualizado em 5 de janeiro de 2020 às 1:28
Doria e seu algoz (imagem: reprodução)

A vitória sobre João Doria na disputa pela escolha do líder do partido na câmara dos deputados, no início de dezembro, é apenas um indício de que Aécio Neves não morreu. Não morreu e está com sangue nos olhos para atrapalhar os planos do governador de São Paulo de encarar a eleição para a presidência da República pelo PSDB em 2022.

A até então improvável vitória de Celso Sabino (PA) para a liderança deu ânimo ao grupo de Aécio para emplacar o plano A e atrapalhar o gestor: o mineiro vem trabalhando o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para 2022.

Aécio conta não apenas com simpatia dos deputados, mas também dos senadores tucanos.

Virou inimigo do gestor, que já declarou ser contra a reeleição, o que está dando margem para o PSDB paulista também articular a candidatura de um tucano para o governo de São Paulo.

A continuar assim, João Doria corre sério risco de encerrar a carreira no final de seu governo.

E quem vai jogar a pá de cal nesta aventura será justamente Aécio Neves, aquele que um dia o gestor tentou expulsar, e não conseguiu, do PSDB.