O ex-senador tucano Arthur Virgílio afirmou que Aécio Neves não quer que o PSDB tenha um candidato à Presidência da República porque queria “continuar sendo o líder do baixo clero, uma espécie de Severino Cavalcanti de grife”. A crítica foi feita em uma entrevista ao site Metrópoles, que também dirigiu ataques aos movimentos de Aécio.
Arthur Virgílio acusa o deputado de dividir o PSDB ao defender a candidatura de Eduardo Leite na disputa pelo Planalto, e não a de João Doria, escolhido nas prévias do partido. O ex-senador considera que há ainda espaço para o crescimento de uma terceira via, incluindo João Doria, que está em um momento de fragilidade. Outra aposta é em Ciro Gomes (PDT), que considera mais difícil de abandonar o pleito.
Arthur Virgílio defende resultado das prévias
O tucano defende ainda que o PSDB respeite o resultado das prévias e mantenha a candidatura do ex-governador de São Paulo, João Doria, sob pena de ser cobrado pelo eleitor que arcou com as prévias, que tiveram um custo milionário.
O ex-senador considera que o não crescimento de Doria se dá devido à oposição criada dentro do próprio partido.
“O Doria não teve tempo para trabalhar em paz, sem perturbações permanentes. A expectativa do Doria era que o Rodrigo Garcia virasse um grande cabo eleitoral dele, e o que há hoje é ‘eu sou eu e ele é ele’. O partido se dividiu”, afirmou Virgílio. O político também se propôs a intermediar o diálogo entre o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e Doria, durante o momento de crise.
Caso Doria não saia como candidato, o tucano afirmou que apoiará quem o PSDB decidir. Já em um eventual segundo turno, o ex-senador não quis revelar para quem iria seu apoio.