
O banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, afirmou que a agenda do governo Trump foi construtiva do ponto de vista geopolítico. No entanto, fez uma ressalva a algumas ideias específicas, destacando o plano de faxina étnica relacionado à Faixa de Gaza.
Declaração polêmica sobre Gaza
Durante um evento, Esteves comentou ironicamente sobre a sugestão de transformar a Faixa de Gaza em um destino turístico de luxo, comparando a região a Miami Beach:
“Fora ideias meio diferentes como a de fazer da Faixa de Gaza uma Miami Beach, imagina, vamos passar férias no Four Seasons Faixa de Gaza, parece uma coisa uma pouquinho diferente”.
A declaração gerou críticas, interpretada por muitos como uma banalização do genocídio praticado na região pelas forças israelenses.
Contextualização da fala
Segundo a FSB, agência de comunicação do BTG, Esteves não expressou apoio a essa ideia específica, mas sim fez uma crítica indireta. A agência enviou um trecho do discurso do banqueiro, onde ele reforça sua visão de que a política de Trump, em geral, teve aspectos positivos para os negócios:
“Muita gente tinha preocupação sobre qual a consequência geopolítica do governo Trump, pela personalidade do presidente por ser uma coisa mais volátil, mais imprevisível, que isso podia causar uma confusão geopolítica. Eu tenho uma visão meio contrária a isso”.

Ele complementou: “Eu acho que, quando o ‘saloon ’está muito bagunçado, quando entra alguém assim com uma estrela no peito, a coisa tende a se acalmar. O Trump é tão pró-business e guerra não combina com business. Fora ideias meio diferentes de fazer a Faixa de Gaza uma novo Miami Beach, imagina, vamos passar férias no Four Seasons Faixa de Gaza. Parece uma coisa um pouco diferente”.
Ao ser questionado pelo entrevistador, que classificou a ideia como “fora da caixa”, Esteves respondeu: “Talvez meio fora demais da caixa. Dito isso, acho que a agenda do governo Trump é uma agenda geopolítica construtiva. De um lado, vejo uma agenda pró-business muito positiva e de um lado eu vejo o mundo geopolítico muito positivo”.
Críticas ao posicionamento de Esteves
Apesar da explicação, a declaração do banqueiro gerou repercussão negativa. Críticos apontam que chamar de “meio diferente” ou “fora da caixa” uma proposta que envolve a remoção forçada da população palestina e a apropriação do território para transformação em um “resort” é uma forma de minimizar a gravidade da situação.
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