Alckmin foge da dupla Kassab e Temer e vê o PSL se insinuar para João Doria

Atualizado em 30 de setembro de 2021 às 7:36
Geraldo Alckmin em entrevista
Geraldo Alckmin. Foto: Evaristo Sá | AFP

Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que Geraldo Alckmin se associar ao condomínio comandado por Kassab e Temer, no PSD e no MDB, e que tem seu bunker na prefeitura de São Paulo.

Geraldo tem uma dificuldade enorme em se relacionar com as pessoas.

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Exceto no café com o ex-deputado Floriano Pesaro na padaria Colmeia, no bairro do Caxingui, onde mora, Geraldo não se abre com praticamente ninguém.

Sua especialidade é ‘visita de cortesia’, aquela em que ele aparece, troca meia dúzia de palavras, se for preciso conta um mentirinha ou outra sobre suas intenções na vida pública, e área.

Tratar de poder com Kassab e Temer? Esquece. Ambos não estão interessados em ouvir as lições de moral e bom costume que Geraldo recebeu do pai e dos causos de sua meninice em Pindamonhangaba.

Tanto isso é uma realidade que o ex-governador de SP por 4 vezes já sinalizou que sua possível filiação ao PSD ainda não está 100% decidida.

Ele gostaria de sair do PSDB para disputar o governo do estado em 2022, mas nem isso está certo.

Se essa hipótese se concretizar, as chances são de um entendimento com o PSL, partido de extrema-direita que tenta se unir ao DEM e que tem entre seus quadros Janaína Paschoal e parte da rapaziada do MBL.

Geraldo esqueceu que o tempo passa

Só que, além de Alckmin, o vice-presidente do diretório estadual do PSL, Júnior Bozzella, também negocia com João Doria para apoiar o candidato oficial do PSDB, Rodrigo Garcia.

Noves fora, não estranhe se Geraldo ficar onde está mesmo. De tanto jogar parado, o ex-governador se esqueceu que o tempo passa.