
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), criticou nesta quarta-feira (17/9) o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a quem acusou de atuar nos Estados Unidos contra os interesses do Brasil.
Em sessão plenária, Alcolumbre afirmou não suportar mais “as agressões calado” e disse que o parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, estaria instigando pressões do governo Donald Trump sobre o julgamento do ex-chefe do Executivo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos EUA desde fevereiro, Eduardo Bolsonaro foi nomeado líder da minoria na Câmara na terça-feira (16), em meio ao risco de perda de mandato por faltas. Para Alcolumbre, “ver um deputado federal, eleito pelo povo de São Paulo, nos EUA instigando um país contra o meu país” é inaceitável.
Davi Alcolumbre fez um desabafo hoje no plenário do senado e ninguém escapou!
Teve bronca para Eduardo Bolsonaro, anistia, impeachment de ministro do STF e PEC da bandidagem. pic.twitter.com/Davj7OxTM0
— Cleber Lourenço (@ocolunista_) September 17, 2025
Após o discurso, Alcolumbre convocou uma reunião improvisada com líderes partidários no Senado. De acordo com senadores presentes, o encontro serviu como um “freio de arrumação” para conter tensões internas.
O presidente do Senado também rebateu críticas por não ter presidido a sessão anterior, justificando que esteve ausente por indisposição estomacal.
Durante a reunião, Alcolumbre direcionou recados ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que havia prometido obstruir votações caso não fosse pautado o projeto de anistia aos condenados pela tentativa de golpe. O senador afirmou que Valdemar “não é senador” e que não haverá paralisação da pauta da Casa.