Alcolumbre quer investigar responsáveis pela expressão “Congresso inimigo do povo”

Atualizado em 5 de dezembro de 2025 às 11:45
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Foto: Reprodução

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que acionou a Polícia Legislativa da Casa para identificar quem publicou a expressão “Congresso Inimigo do Povo” nas redes sociais, reação que marcou seu pronunciamento da última quarta-feira (3) em defesa do Parlamento.

Segundo Alcolumbre, a Polícia Legislativa do Senado e da Câmara está investigando as autorias das postagens que chamaram o Parlamento de “inimigo do povo”. Ele ainda prometeu divulgar os responsáveis quando forem identificados.

“Estamos investigando quem fez essas agressões. Vamos tornar isso público.” E reforçou: “Um dia desses estavam por aí, patrocinados por muitos. Por isso a Polícia Legislativa do Senado e da Câmara está investigando e, logo mais, nós iremos trazer a público aqueles que fizeram aquelas agressões contra o ‘Congresso Inimigo do Povo’.”

No discurso, Alcolumbre criticou autoridades que, segundo ele, também chamaram o Congresso de “inimigo do povo”. O termo, que carrega uma manifestação legítima do público, viralizou nas redes sociais.

O senador, porém, disse considerar injusto que o Legislativo seja rotulado dessa forma, destacando que a Casa desempenhou papel crucial em momentos recentes, como a aprovação da PEC da Transição.

“O Congresso entregou ao novo governo aquilo que ele pediu. Em 25 dias, aprovamos a PEC da Transição, garantindo condições para políticas públicas”, declarou.

“Agressões, ataques e ofensas”

O senador ainda declarou que, desde o anúncio da nova vaga no STF, em 20 de novembro, o Congresso tem sido alvo de “agressões, ataques e ofensas” promovidas por autoridades que, segundo ele, distorcem o papel constitucional do Legislativo.

Ele afirmou que passou a receber ataques pessoais após defender que a sabatina e a votação do indicado ao Supremo são prerrogativas exclusivas do Senado, complementares à escolha do presidente da República.

“Todos os dias me deparo com agressões por um único motivo: por defender as prerrogativas do Senado Federal. Em nenhum momento qualquer senador tentou usurpar as prerrogativas do presidente da República”, afirmou.

Alcolumbre classificou como “inacreditável” a circulação de acusações de que o Senado teria tentado interferir na indicação de Jorge Messias ao STF.