A Polícia Federal também cumpriu, nesta terça-feira (2), mandado de busca e apreensão contra o hacker Thiago Eliezer Martins Santos. A operação ocorreu em um prédio na quadra 209 de Águas Claras, no Distrito Federal, onde mora o hacker.
Thiago é réu em uma ação penal na Justiça Federal do Distrito Federal sob acusação de ser um dos líderes das invasões a contas de autoridades no aplicativo Telegram, incluindo procuradores da Operação Lava Jato.
Em junho do ano passado, o hacker também buscava na Justiça o direito de voltar a navegar na internet. Os advogados dele chegaram a protocolar um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).
Conhecido como “Chiclete”, ele é apontado pelo Ministério Público Federal como um dos mentores intelectuais do hackeamento, ao lado de Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da Vaza jato, também réu no mesmo processo.
Delgatti foi preso nesta quarta na Operação 3FA, realizada contra ele e a deputada federal Carla Zambelli (PL). O objetivo da operação era identificar os responsáveis por uma invasão ao sistema do Conselho Nacional De Justiça (CNJ).
A ação contra Thiago ocorre no âmbito do inquérito que apura essa invasão. Os crimes apurados ocorreram entre 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ 11 alvarás de soltura – que não foram executados – além de um mandado de prisão falso contra o ministro do Alexandre de Moraes, do STF.
Em depoimento à PF, Delgatti disse que a invasão ocorreu a pedido de Zambelli, que o procurou em setembro de 2022 para que ele invadisse as urnas eletrônicas ou algum sistema da Justiça, a fim de demonstrar uma suposta fragilidade na tecnologia do Estado.