Alemanha vai doar R$ 1 bi para primeiros 100 dias do governo Lula, diz ministra do país

Atualizado em 29 de janeiro de 2023 às 20:34
Svenja Schulze, ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (Fonte: Reprodução)

Svenja Schulze, ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, disse em entrevista à F. de São Paulo que a Alemanha planeja doar 200 milhões de euros, cerca de R$ 1,1 bilhão, para o governo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Queremos um programa imediato para os cem primeiros dias de governo, em acordo com o governo o que pode ser feito e, para isso, teremos mais € 200 milhões”, afirma a ministra.

Durante a entrevista, Schulze pontuou que acompanha a atual situação de calamidade e genocídio na Terra Yanomami e que busca tratar com as ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente) formas de cooperar no caso. “Vamos também cooperar em outras áreas, para ajudar a resolver o fosso social, porque temos certeza que a proteção do clima não funciona sem resolver os problemas sociais”, disse.

Schulze também cita a necessidade de reabilitar rapidamente os recursos parados no Fundo Amazônia, que tem R$ 3,3 bilhões em caixa, inutilizados pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após o resultado das eleições e a vitória do presidente Lula (PT) a Alemanha, segunda maior doadora do Fundo, fechou um novo contrato de doação, no valor de 35 milhões de euros. Para além das florestas, a ministra acrescentou a pretensão do governo alemão de atuar em agricultura e hidrogênio verde, áreas onde o Brasil pode ser uma potência, disse a ministra.

“Por isso estamos desde já interessados em boas relações, porque isso no futuro pode ser bem interessante para todos, inclusive para nós, quando o Brasil começar a produzir hidrogênio em grande escala”, afirma Schulze.

A ministra finaliza a entrevista evidenciando seu otimismo com o novo governo de Lula (PT) e os acordos ecológicos “aa proteção das florestas, percebemos que há possibilidade de fazer algo com o novo governo”.

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