Alguém explique à Folha que não há “meia coragem”. Por Fernando Brito

Atualizado em 19 de fevereiro de 2020 às 9:38
Redação da Folha de S.Paulo. Foto: Reprodução/YouTube

Publicado originalmente no blog Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

Ontem à noite, quando a Folha publicou seu duro editorial contra as atitudes de ““chefe de bando” do senhor Jair Bolsonaro, este “rodado” blogueiro aqui já pressentia que a valentia era assunto para a página 2:

Veremos se a Folha, como é seu dever, colocará seu texto em primeira página, porque não é uma notícia qualquer.

Não colocou e, com isso, deu traços de e”normalidade” ao que é absurdamente anormal.

Não é apenas por se tratar de um ataque a uma repórter do jornal.

Nem mesmo de um ataque à dignidade das mulheres.

Ou um atropelo ao trabalho da imprensa.

É porque reduz o país a uma pocilga, onde o presidente da República refocila sobre a dignidade alheia.

Ou será que os boatos de demissão de Paulo Guedes (trato no próximo post) ajudaram a varrer para baixo do tapete a coragem do jornal?

Um liberal que tolera o fascismo, ao fascismo serve.

É, no máximo, um poodle entre dobermanns.