Numa certa época, a Folha citava o seu Manual, como se fosse um Corão, para justificar decisões editoriais mais polêmicas.
Pois eu gostaria de saber o que o Manual diz sobre duas coisas relativas ao caso Implicante.
A primeira é sobre reconhecer de onde veio um furo.
A Folha falou da ligação de Gravataí Merengue, o editor de um dos sites mais canalhas do Brasil, com o governo do estado de São Paulo.
Merengue recebe, ou recebia, 70 mil reais por mês para insultar, caluniar e mentir, sempre contra Dilma, Lula e o PT.
Logo depois, o DCM trouxe uma novidade que deu cores ainda mais sórdidas ao episódio.
Uma protegida de Serra quando governador de SP, Cristina Ikonomidis, se tornou sócia de Merengue na boca livre e suja do Implicante.
Cristina se manteve no Palácio dos Bandeirantes com a chegada de Alckmin.
O ponto: ao retornar ao escândalo, por causa do surgimento do nome de Cristina, a Folha simplesmente ignorou que a informação foi dada pelo DCM.
O Manual admite isso?
A isso se dá o nome de estelionato editorial.
Sei que a Folha não aprecia o DCM, e muito menos apreciamos a Folha. Mas daí a não citar por razões de simpatia o autor de um furo vai uma imensa distância.
Talvez a ombudsman pudesse tratar disso em sua próxima coluna, mas receio que isso não acontecerá.
Fica aqui, de toda forma, a sugestão para ela.
E uma coisa chama a outra.
Por que a Folha omitiu o nome de Serra na reportagem que publicou hoje?
Cristina é afilhada não de Alckmin, que simplesmente a herdou, mas de Serra.
Era ela que organizava, pessoalmente, as visitas que Serra fazia a escolas públicas para falar com os alunos.
Ela registrava tudo meticulosamente. Fotografa cada visita.
Como mostra um documento vazado pelo Wikileaks, Cristina mostrou as fotos a um representante do governo americano interessado em saber mais de Serra quando ele era um candidato forte à presidência.
Demos isso no DCM, e a Folha não.
Como os repórteres do jornal só chegaram a Cristina por causa do DCM, fica claro que sabiam da conexão de Serra com ela.
Mesmo assim, ele escapuliu.
Que dirá o Manual?
Um telefonema de Serra – estou especulando – vale tanto assim?
Não espero nada da Folha há muito tempo.
Mas neste episódio ela se superou.
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