Aliado da Lava Jato na caçada a Lula, Janot encontra o presidente na posse de Gonet

Atualizado em 18 de dezembro de 2023 às 11:32
Posse de Paulo Gonet na PGR. Foto: reprodução

Rodrigo Janot, figura chave na Operação Lava Jato e algoz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcou presença na posse de Paulo Gonet como novo chefe do Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (18).

Sentado na primeira fileira reservada aos ex-Procuradores-Gerais da República no auditório, Janot ficou frente a frente com o presidente petista durante a cerimônia.

Janot liderou a PGR entre 2013 e 2017, durante o ápice da Lava-Jato, sendo responsável por criar a força-tarefa de Curitiba que resultou na condenação de Lula no caso do tríplex do Guarujá.

Vale destacar que Janot já revelou que planejou assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em 2017. Segundo relato à revista Veja, ele chegou a engatilhar a arma, ficou a menos de dois metros do ministro, mas não conseguiu efetuar o disparo. O motivo da ira foi um ataque de Gilmar à filha do então procurador-geral.

“Esse inspetor Javert da humanidade resolveu equilibrar o jogo envolvendo a minha filha indevidamente. Tudo na vida tem limite. Naquele dia, cheguei ao meu limite. Fui armado para o Supremo. Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidaria. Estava movido pela ira. Não havia escrito carta de despedida, não conseguia pensar em mais nada. Também não disse a ninguém o que eu pretendia fazer”, contou o ex-PGR.

Rodrigo Janot e o presidente Lula (PT). Foto: reprodução

Além de Janot, outros ex-procuradores-gerais também marcaram presença na posse de Gonet, incluindo Raquel Dodge, sua sucessora no cargo. Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro e que liderou a instituição por quatro anos, também esteve presente.

A cerimônia contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal, incluindo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, principais apoiadores da indicação de Gonet, além de Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Kassio Nunes Marques.

O ministro Edson Fachin representou o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Flávio Dino, cujo nome foi aprovado para o STF no mesmo dia que Gonet, também marcou presença após ser sabatinado e aprovado pelo Senado na semana passada.

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