Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro contataram ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para negar qualquer envolvimento com o vazamento de áudios nos quais Mauro Cid critica a PF e Alexandre de Moraes. Segundo informações, pelo menos um influente ministro do STF foi abordado por auxiliares de Bolsonaro nesta sexta-feira (22) para discutir o assunto.
O movimento foi desencadeado após membros da Polícia Federal levantarem suspeitas nos bastidores de que pessoas próximas a Bolsonaro poderiam ter divulgado os áudios, possivelmente para desacreditar a colaboração premiada de Cid.
Oficialmente, a PF também recorreu ao Supremo para esclarecer o que o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, considerou “graves acusações” feitas pelo ex-ajudante de ordens. A partir do pedido da corporação, Cid prestou novo depoimento ao juiz-instrutor do gabinete de Moraes na tarde desta sexta-feira, sendo posteriormente detido.
Nas gravações reveladas pela revista Veja, Cid critica a condução de seu interrogatório pela PF durante a colaboração premiada, sugerindo pressão para confirmar uma narrativa predefinida. Em outro trecho, ele também critica Alexandre de Moraes.
Conforme relatado anteriormente, Cid confirmou a autenticidade dos áudios a interlocutores, alegando ser um desabafo com um amigo. A defesa de Cid classificou os áudios como clandestinos, mas reforçou que se tratava apenas de um desabafo pessoal diante de momentos difíceis.
O presidente Bolsonaro, por sua vez, expressou desconfiança em relação à divulgação dos áudios, considerando-os um “desabafo orquestrado” pelo ex-ajudante de ordens.
Abaixo, o áudio vazado do ex-ajudante de ordens do inelegível:
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