Acusado de corrupção, conselheiro do TCE garante aposentadoria com alto salário

Atualizado em 25 de fevereiro de 2022 às 19:29
Acusado de corrupção, conselheiro do TCE garante aposentadoria com alto salário. Foto de Aloysio Neve susando camisa branca e sendo conduzido por agende da Polícia Federal.
Salário líquido do ex-conselheiro superava os R$ 27 mil. Foto: José Lucena / Estadão

Acusado de corrupção, conselheiro do TCE garante aposentadoria com valor alto. Aloysio Neves, 75 anos, é réu em uma ação penal que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), junto com outros quatro conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). O ato, concedendo o benefício, foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial. Atualmente, o salário líquido dos ex-conselheiro supera os R$ 27 mil.

Mesmo afastados, os cinco conselheiros nunca tiveram os salários impedidos. Em fevereiro, Neves recebeu R$ 42.448,28 brutos. Com os descontos previdenciários e de Imposto de Renda, o salário líquido ficou em R$ 27.864,97.

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro confirmou a aposentadoria compulsória de Aloysio Neves. No entanto, os valores a serem recebidos ainda não foram combinados, dependendo de “tramitações ordinárias” no órgão.

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Quatro ex-conselheiros do TCE querem voltar ao cargo

Os cinco conselheiros- Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, José Maurício Nolasco e Marco Antônio Alencar – estão fora dos cargos desde março de 2017, e mesmo assim os pagamentos foram mantidos. Eles ainda foram presos temporariamente na Operação Quinto do Ouro, uma ramificação da Lava Jato no Rio.

Eles são réus em uma ação penal no STJ, que é julgada pela ministra Maria Isabel Galloti. Eles chegaram a obter uma decisão favorável de retorno ao cargo, que foi aceita pelo ministro Nunes Marques e confirmada pela segunda turma do STF. No entanto, para que os ex-conselheiros voltem a trabalhar precisam passar pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).

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