Alta abstenção sozinha não seria capaz de reverter vantagem de Lula, diz projeção

Atualizado em 22 de outubro de 2022 às 13:55
Ex-presidente Lula e presidente Bolsonaro no debate da Band
Foto: Reprodução/Band

Um aumento do não comparecimento no 2º turno, mesmo que dos mais pobres, não seria capaz de reverter a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). A abstenção tende a favorecer o atual chefe do Executivo no 2º turno, mas deve ser insuficiente para alcançar Lula.

É isso o que aponta uma simulação feita pelo Poder360 com a média histórica de alta na abstenção em todos os estados. No cenário projetado, 2,8 milhões que foram às urnas no primeiro turno deixariam de votar na segunda etapa. Com isso, Lula perderia 2 milhões de votos. Bolsonaro, porém, também perderia 564 mil votos. Como consequência, os 6,2 milhões de votos a mais que o petista teve no primeiro turno seriam reduzidos em 1,4 milhão de votos.

A simulação de votos considera que 70% do impacto da abstenção estará concentrado em Lula porque os mais pobres e menos escolarizados, eleitorado que vota majoritariamente no petista, são os que mais deixam de votar. No entanto, mesmo que a abstenção favoreça Bolsonaro, ele ainda teria que conquistar 4,8 milhões de votos a mais do que Lula para assumir a liderança na corrida à Presidência.

A alta de abstenção seguiria a média de aumento das duas últimas eleições, de 2014 e 2018, em cada uma das 27 unidades da Federação. Assim, a abstenção passaria dos 20,95% no primeiro turno para 22,75% no segundo turno.

Nos estados sem disputa de governador no segundo turno, haveria acréscimo de mais 1 ponto percentual na abstenção, pois quando não há mais disputa pelo cargo na segunda etapa, a tendência é que menos pessoas compareçam às urnas.

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