Um aluno da Universidade Santo Amaro (Unisa) afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que a simulação de masturbação coletiva é considerada “normal” em eventos universitários de Medicina. O estudante banalizou o ato obsceno e disse que tudo não passava de uma brincadeira.
“Tava todo mundo zoando. Não tem nada a ver com bater punheta. A ideia era mostrar o pau para a torcida rival, isso é normal em jogos de Medicina. Jogo de Medicina é como se fosse um outro universo. A gente sabe separar as coisas. Ninguém vai sair fazendo isso por aí”, afirmou o aluno que pediu para não ser identificado.
Vale destacar que o artigo 233 do Código Penal proíbe praticar “ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”. A pena prevista é de até um ano de reclusão ou multa. A Polícia Civil instaurou, na última segunda-feira (18), um inquérito para identificar os estudantes envolvidos no “punhetaço” que ocorreu durante uma partida de vôlei feminino no torneio universitário em São Carlos, no interior de São Paulo.
O episódio ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano, mas os vídeos viralizaram só no último fim de semana e provocaram revolta nas redes sociais. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Unisa e a Secretaria Municipal de Esportes de São Carlos, cidade onde ocorreu o evento, serão chamadas a prestar esclarecimentos sobre o episódio promovido pelos alunos de Medicina.
A direção da Unisa decidiu expulsar seis alunos que já foram identificados nas imagens. Os nomes deles não foram divulgados. A reitoria da universidade só teria tomado conhecimento do episódio na última segunda, com a repercussão do caso.
time de futsal de medicina da faculdade santo amaro foi expulso do intermed simplesmente por que lançaram o PUNHETASSO em quadra vsfd pic.twitter.com/16Jw3PPSvw
— o jogadaspedro (@fraudecontabil) September 15, 2023
Eles ficaram pelados e bateram uma no meio do jogo também pic.twitter.com/ZhGoE0MO4u
— frajolas (@Krubniki__) September 16, 2023