Aluno da Unisa diz que “punhetaço” é normal em jogos de medicina: “Todo mundo zoando”

Atualizado em 19 de setembro de 2023 às 11:31
Estudantes de Medicina fizeram masturbação coletiva em quadra – Reprodução

Um aluno da Universidade Santo Amaro (Unisa) afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que a simulação de masturbação coletiva é considerada “normal” em eventos universitários de Medicina. O estudante banalizou o ato obsceno e disse que tudo não passava de uma brincadeira.

“Tava todo mundo zoando. Não tem nada a ver com bater punheta. A ideia era mostrar o pau para a torcida rival, isso é normal em jogos de Medicina. Jogo de Medicina é como se fosse um outro universo. A gente sabe separar as coisas. Ninguém vai sair fazendo isso por aí”, afirmou o aluno que pediu para não ser identificado.

Vale destacar que o artigo 233 do Código Penal proíbe praticar “ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”. A pena prevista é de até um ano de reclusão ou multa. A Polícia Civil instaurou, na última segunda-feira (18), um inquérito para identificar os estudantes envolvidos no “punhetaço” que ocorreu durante uma partida de vôlei feminino no torneio universitário em São Carlos, no interior de São Paulo.

O episódio ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano, mas os vídeos viralizaram só no último fim de semana e provocaram revolta nas redes sociais. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Unisa e a Secretaria Municipal de Esportes de São Carlos, cidade onde ocorreu o evento, serão chamadas a prestar esclarecimentos sobre o episódio promovido pelos alunos de Medicina.

A direção da Unisa decidiu expulsar seis alunos que já foram identificados nas imagens. Os nomes deles não foram divulgados. A reitoria da universidade só teria tomado conhecimento do episódio na última segunda, com a repercussão do caso.

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