Alvos de operação, assessores de Bolsonaro multiplicaram ganhos mensais com viagens aos EUA

Atualizado em 14 de maio de 2023 às 9:10
Max Guilherme Moura ganhou R$ 130 mil em 64 dias nos EUA apenas com diárias. Imagem: Reprodução

Assessores e ajudantes de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) multiplicaram seus ganhos mensais com diárias durante viagens aos Estados Unidos, entre dezembro de 2022 e março de 2023. Ao todo, quatro deles embolsaram quase R$ 400 mil em diárias, mais que o dobro do que ganharam com essa verba extra durante o mandato. As informações são do UOL e da Agência Fiquem Sabendo, após consulta no Portal da Transparência.

O policial militar Max Guilherme Moura e os militares Sérgio Cordeiro, Mauro Cid e Marcelo Câmara foram a Orlando (EUA) para assessorar Bolsonaro após ele deixar o país, no dia 30 de dezembro. Os três primeiros foram presos e o quarto foi alvo de busca e apreensão por suspeita de participação em esquema de fraude de certificados de vacinação antes da viagem.

As diárias são valores pagos pelo governo a servidores em viagens a trabalho para cobertura de despesas como hotéis e alimentação. Acontece que o valor não gasto pode ser embolsado pelo servidor. O governo pagou ao todo R$ 397 mil em diárias aos quatro assessores em solo norte-americano. Durante todo o governo Bolsonaro, os mesmos assessores receberam em diárias menos da metade desse valor (R$ 174 mil).

Durante os 90 dias que Bolsonaro esteve nos EUA, Max ficou 64 dias; Cordeiro e Câmara, 63 dias cada um, e Mauro Cid, dois dias. Ainda há um quinto assessor, que também está sendo alvo da Polícia Federal: o segundo-sargento Luis Marcos dos Reis, que também ganhou diárias durante o mandato de Bolsonaro. Até o momento, mesmo detidos, todos eles continuam no cargo recebendo seus salários.

Os ex-ajudantes de ordem de Bolsonaro Mauro Cid e Max Guilherme. Foto: Reprodução
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