Ao chegar à Casa Branca na tarde desta sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradeceu o presidente norte-americano Joe Biden pelo cumprimento após a vitória nas eleições e pela defesa da democracia. O petista ainda parabenizou o democrata pelo discurso do Estado da União no Congresso dos Estados Unidos.
“Três coisas para lhe dizer. Primeiro, agradecer o reconhecimento da minha posse. Segundo, o reconhecimento da sua defesa pela democracia. Terceiro, parabenizar pelo seu discurso. Cairia muito bem no Brasil”, disse o chefe do Executivo.
Biden, por sua vez, declarou que a democracia em ambos os países foi testada, com semelhança na agenda de ambos. “A democracia foi testada em nossos dois países. Nossas agendas mútuas soam muito semelhantes. Afirme o apoio inabalável dos EUA à democracia”, afirmou o líder norte-americano.
“Rejeitar a violência política e depositar grande confiança em nossas instituições democráticas. Devemos continuar defendendo a democracia e nossos valores. Não apenas em nosso hemisfério, mas em todo o mundo. Estes são os nossos princípios fundamentais”, acrescentou.
Em resposta, Lula disse que o Brasil se isolou por quatro anos e que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) só falava mentiras. “Parece que ele desprezava as relações internacionais”.
Durante o encontro, o presidente brasileiro disse que Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente, só falava mentiras e o presidente Biden brincou: “Isso me soa familiar”, referindo-se ao Trump.
Em seguida, Lula falou da necessidade de preservar a Amazônia. “Cuidar da Amazônia hoje é cuidar do planeta Terra. E cuidar do planeta Terra é cuidar da nossa sobrevivência. Por isso, todos nós temos a obrigação de deixar para os nossos filhos e netos um mundo melhor do que o recebemos dos nossos pais”, disse o petista.
O presidente brasileiro ainda propôs a construção de uma aliança contra o aquecimento global.
“Vamos levar muito a sério essa questão do clima. E lhe digo mais uma coisa, presidente, é preciso que a gente estabeleça uma nova conversa para construir uma governança mundial mais forte, porque a questão climática, se não tiver uma governança global forte, que tome decisões que todos os países sejam obrigados a cumprir, não vai dar certo”, completou.
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