Pressionado, José Mauro Coelho pode renunciar hoje ao cargo de presidente da Petrobras para o qual foi nomeado em 14 de abril e demitido em 23 de maio, pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.
O governo vem pressionando Coelho há duas semanas para que ele deixe o cargo a fim de apressar a posse de Caio Paes de Andrade, o novo indicado. Coelho se negava a aceitar os insistentes pedidos, mas com o reajuste de preços da gasolina e do diesel ser anunciado na sexta-feira, a pressão escalou muitos degraus.
A expectativa de alguns integrantes do conselho de administração da empresa, com quem Coelho conversou no fim de semana, é que ele acabe renunciando.
Arthur Lira passou a ameaçar, apoiado por Jair Bolsonaro, com a abertura de uma CPI, com a devassa nas contas de conselheiros e diretores da estatal e com aumento da taxação dos lucros da empresa. A partir daí, a pressão passou a ser também dos próprios colegas de Coelho no conselho.
Uma das consequências possíveis do pedido de demissão de hoje, se ele vier mesmo a se concretizar, poderá ser a interrupção das articulações de Lira para a criação da CPI da Petrobras.
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