
A “Lojas Americanas” convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para 11 de dezembro, com o objetivo de discutir a proposta de ação de responsabilidade civil contra ex-executivos envolvidos na fraude contábil da empresa, descoberta em janeiro de 2023. A decisão permitirá que os acionistas votem sobre possíveis medidas legais contra os responsáveis.
Entre os acusados estão os ex-diretores Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles. Segundo o edital publicado na quinta-feira (31), a ação busca responsabilizá-los por “atos ilícitos praticados durante o exercício social findo em 31 de dezembro de 2022”.

A proposta de ação inclui o pedido de ressarcimento pelos prejuízos financeiros e danos à imagem da companhia, causados pela manipulação dos controles internos. A atual administração da companhia alega que a conduta dos ex-diretores comprometeu gravemente a saúde financeira da empresa.
A medida já era aguardada para a próxima AGE, segundo informações do “Valor”. A iniciativa foi sinalizada pela nova diretoria da Americanas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga o caso na Câmara dos Deputados, e é respaldada pela Lei das S.A., que regula a atuação de empresas de capital aberto.
De acordo com a legislação, para que uma companhia mova ação de responsabilidade civil contra administradores, é necessário que a proposta seja previamente aprovada em assembleia. Dessa forma, a AGE de dezembro definirá se a Americanas seguirá com a ação judicial.
A nova gestão da Americanas vê o processo como uma forma de recuperar o valor perdido e restaurar a confiança dos acionistas e do mercado.
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