Amigo de Aécio e Huck, sócio do golpe contra Dilma, Armínio Fraga agora quer derrubar Bolsonaro

Atualizado em 15 de julho de 2021 às 8:15
Arminio Fraga e Aécio Neves com João Doria Jr: o espírito público mandou lembranças

O economista tucano Armínio Fraga, presidente do Banco Central durante o governo de FHC, defendeu o impeachment de Bolsonaro.

Armínio é do grupo de formadores de opinião que atuou pelo golpe contra Dilma. Argumento: a saída da presidente destravaria a Economia.

Estava certo, só que em parte.

O golpe destravou foi a pauta que interessava para Armínio e sua turma, com a desregulamentação das leis trabalhistas e da Previdência Social. Emprego que é bom, nada. E o resultado de toda sujeira, para desgraça do país, foi Bolsonaro.

Agora, o guru tucano usa argumento parecido para defender a queda do genocida.

Armínio avalia que o impeachment é uma saída por causa das incertezas geradas todos os dias pelo capitão.

Sem o impeachment, avalia, o quadro econômico do país ainda “pode piorar bastante”.

Como em 2016, a carestia, a fome e a falta de perspectiva da população não são fatores que preocupam o economista tucano.

“Alguns dizem que não é bom fazer impeachment de presidente toda hora”, ele diz em entrevista ao jornal Valor Econômico.

“Tenho uma posição diferente. Para mim, o que não é bom é termos presidentes acusados de crime de responsabilidade a toda hora. Vamos amadurecer encarando esses assuntos, e não enterrando eles. Para mim é uma questão de princípio. Posso estar sendo ingênuo, mas o fato é que eu não teria medo do processo. Espero que encaremos isso com firmeza. As instituições estão ameaçadas e precisam se defender”.

“As lições desse século que dizem respeito à democracia mostram que ela não morre de infarto fulminante. Vai morrendo aos poucos”, complementou.

Vai morrendo mesmo.

Especialmente quando não se tem espírito público e se trabalha para um corrupto contumaz e afoito como Aécio Neves, como faz Armínio.

Ele não se importou quando FHC comprou o Congresso para garantir a emenda da reeleição. Ou mesmo com a fome que grassava no país no período em que o tucano comandava o país.

Nunca levantou a voz para defender Dilma, uma presidente inusitadamente honesta a considerarmos o padrão dos mandatários brasileiros.

Armínio sonha, na realidade, com o retorno ao poder de alguém do seu círculo de amizades: Luciano Huck, por exemplo.

Dá para acreditar nele?