Amigo de prefeito de Sorocaba é preso após depositar R$ 237 mil com notas mofadas

Atualizado em 6 de novembro de 2025 às 21:21
Marco Mott, empresário amigo de Manga e empresário no setor imobiliário e é suspeito de lavar dinheiro em contratos com a Prefeitura de Sorocaba. Imagem: reprodução

O empresário Marcos Silva Mott foi preso nesta quinta-feira (6) durante a segunda fase da Operação Copia e Cola, que investiga desvios de recursos públicos na Saúde de Sorocaba (SP).

Mott é suspeito de ocultar dinheiro desviado em contas bancárias de empresas registradas em seu nome, com depósitos de R$ 237 mil em notas de valores entre R$ 2 a R$ 20, que estavam úmidas, mofadas e com mau cheiro. De acordo com a Folha de S.Paulo, a Polícia Federal considera que o estado das notas sugere que eram provenientes de atividade ilícita.

O inquérito aponta que Mott seria o operador do esquema de corrupção, peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Ele é amigo do prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), que também é investigado e foi afastado do cargo no mesmo dia. A defesa de Mott argumenta que sua prisão é desnecessária, já que ele sempre se mostrou disponível às autoridades.

Parte do dinheiro depositado por Mott foi enviado à empresa 2M Comunicação e Assessoria, registrada no nome de Sirlange Maganhato, esposa de Manga. A investigação sugere que a empresa de Sirlange recebeu R$ 214 mil de Mott sem relação clara com o ramo de atuação da empresa, que é de edição de jornais.

Mott m agência bancária onde depositou valores em espécie contestados pela PF. Imagem: reprodução

Além disso, a investigação revela negociações imobiliárias suspeitas envolvendo a esposa de Manga, incluindo a compra de uma casa por R$ 1,5 milhão, com pagamento de R$ 182 mil em espécie. A PF também questiona a compra de um apartamento em Votorantim, feito pela mãe de Manga, que foi transferido para a esposa do prefeito no mesmo dia, por um valor abaixo do mercado.

Sofia Carnavalli
Sofia Carnavalli é jornalista formada pela Cásper Líbero e colaboradora do DCM desde 2024.