
O assunto da semana não foi, infelizmente, o fato de 70% dos deputados terem votado contra o fim da escala 6×1. O assunto foi a cara nova de Anitta, seja lá o que isso queira dizer sobre nós brasileiros.
A cantora surgiu nas redes com o rosto completamente modificado, e os internautas, fãs e não fãs, entraram em polvorosa.
Ok, o rosto é dela. Ela tem o direito de modifica-lo como bem entender, como disse sua amiga e diretora de seu documentário Maria Ribeiro.
Ao entrar em defesa da cantora, Maria Ribeiro disse o apenas óbvio: qualquer pessoa tem o direito de modificar a própria aparência sem ser julgado por isso, mas há ainda muito o que dizer (e questionar) sobre o fenômeno.
Por exemplo: quando deixamos de apreciar nossos próprios rostos reais?
Um estudo relevante sobre a relação entre Instagram e cirurgias plásticas, “A influência das mídias sociais na decisão pela cirurgia plástica”, demonstrou que “as mídias sociais exercem papel importante na escolha do cirurgião plástico, especialmente por meio de fotos com filtros digitais.

Quantas morrem tentando alcançar esse padrão? Procurem saber.
O que posso dizer é que o que Anitta fez com o próprio rosto já vem acontecendo há muito tempo com as mulheres desde o advento do Instagram.
As redes sociais e Influenciadoes promovem insatisfações estéticas ao passo em que, buscando a completa adaptação ao padrão imposto, apagam seu próprio “eu” e constroem um novo.
Essa filtricização (com licença, quero passar com meu neologismo), só mostra que as pessoas preferem suas versões digitais às reais – isso não te assusta?
Amar seus traços, amiga, é uma forma de revolução.