Anitta rebate cantora gospel após comentários homofóbicos: “Deus quer amor, não coisa ruim”

Atualizado em 18 de junho de 2022 às 16:38
Anitta rebate cantora gospel após comentários homofóbicos: “Deus quer amor, não coisa ruim”
Anitta na parada LGBTQIA+ em 2018
Foto: Reprodução

Após as falas da cantora gospel Bruna Karla, feitas no podcast da influencer Karina Bacchi a respeito de relacionamentos homoafetivos, repercutirem na última quinta-feira (16), a cantora Anitta, que sempre se posiciona em apoio a comunidade LGBTQIA+, repudiou as falas da religiosa. As declarações foram feitas em seu perfil no Twitter, também em referência a questão das políticas antiLGBTQ+ no Qatar, sede da Copa do Mundo, esse ano.

Na postagem ela criticou a fala de Bruna Karla, onde ela afirma que a a população não-hétero está destianda a “morte eterna”, e que tentou tirar amigos desse caminho.

Assista ao vídeo:

“Gente… de uma vez por todas. Repudiar LGBTQ+, desejar a “cura ou morte”, desejar o fim, a aniquilação de pessoas LGBTQ ou proibir pessoas LGBTQ+ de transitar num ambiente ou de serem eles mesmos NÃO É CULTURA. Não existe “respeite a cultura do outro” pq isso não é cultura”, afirmou Anitta.

A funckeira também pediu respeito, tanto para a ela, que também faz parte da comunidade, já que se considera bissexual, quanto para todas as pessoas da comunidade.

“E não me mande respeitar alguém que não respeita os outros. PONTO. Se você não me respeita eu não te respeito de volta. E um beijooooo. Pq na minha religião e na minha cultura pode ter gay, travesti, trans, mulher com mulher…e aí, tá respeitando a minha? Então vai-te pro c*@#!”, declarou a carioca.

Outro ponto destacado por ela foi a questão da religiosidade, principalmente entre evangélicos, que hoje, no Brasil, é uma das principais causas da LGBTfobia. “Não, não tenho paciência. Não existe religião, cultura ou bíblia que possa dizer pra um ser humano que Deus tá te pedindo pra repudiar os outros dessa maneira”, finalizou.

Em outra sequências de mensagens ela continuou as falas. “Se você realmente acha que Deus ia mandar você odiar ou repudiar o seu irmão (pq é assim que todos se chamam nas religiões né, irmãos, inclusive na minha. E tb pq na teoria somos todos filhos de Deus, logo, irmaos) então você precisa ir pra um cantinho do pensamento rapidinho e pensar… perai.. Deus quer amor ou quer coisa ruim? Entao será que faz sentido eu fazer meu irmão se sentir um pedaço de merda pq ele é gay? Isso é mandar coisa boa o coisa ruim pro irmao?”, escreveu através de seu perfil no Twiiter nesta manhã.

“Tenho pavor dessa expressão “temer a Deus” … temer não é ter medo? Eu vou ter medo de Deus pq se ele é bom? Então eu vou cumprir a bíblia pq eu tenho medo de Deus e do que pode acontecer comigo caso eu não siga essas regras que tão me falando aqui?  Ou eu vou fazer o que eu acredito que seja o caminho do bem e do amor pq eu quero ser uma boa pessoa? Um ser humano bom comigo e com os outros? Eu em vaaaaai todo mundo se tratar desse extremismo. Por Deus eu tenho amor e respeito mesmo que medo eu tenho é de coisa ruim. De odio de preconceito de exclusão”, finalizou.

As declarações acontecem em meio ao mês do orguho LGBTQIA+