Ano da Cultura Brasil–China em 2026 terá Portinari em Pequim e mostra chinesa no Rio

Atualizado em 24 de setembro de 2025 às 23:33
Registro de encontro que definiu as bases do acordo
Registro de encontro que definiu as bases do acordo – Divulgação

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) e o Museu Nacional da China assinaram, nesta terça-feira (24), uma Carta de Intenções que estabelece as bases para a realização de exposições de grande porte durante o Ano da Cultura China–Brasil, em 2026. O acordo reforça a cooperação cultural entre os dois países. Com informações do blog de Ancelmo Gois no jornal O Globo.

De acordo com o documento, o público chinês poderá visitar, entre maio e agosto de 2026, a mostra “O Brasil de Portinari na China”, que será apresentada no Museu Nacional da China. A exposição pretende destacar a obra do artista brasileiro Cândido Portinari em diálogo com o público internacional.

No mesmo período, o Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, receberá a exposição “Sabores da Tradição: Histórias da Alimentação na China Antiga”. A parceria também conta com a participação da Fundação Portinari e da Expomus, ampliando o alcance das iniciativas de intercâmbio cultural.

Os presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Investimentos da China no Brasil somam R$ 21 bilhões e dobram em um ano

Os investimentos da China no Brasil alcançaram US$ 4,18 bilhões (cerca de R$ 21 bilhões) em 2024, o que representa uma alta de 113% em relação ao ano anterior, segundo levantamento divulgado nesta quinta (4) pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). O país se tornou a terceira principal economia do mundo a receber aportes chineses e o maior destino entre os emergentes.

O crescimento dos investimentos chineses no Brasil superou a expansão de 13,8% nos investimentos estrangeiros totais recebidos pelo país no mesmo período, que chegaram a US$ 71 bilhões (R$ 384 bilhões), de acordo com dados do Banco Central.

Nos últimos 15 anos, o maior valor médio anual de aportes chineses ocorreu entre 2015 e 2019, com US$ 6,6 bilhões (R$ 35,7 bilhões), enquanto o maior número médio de projetos foi registrado entre 2020 e 2024, com 27 empreendimentos por ano.