
O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), antes de divulgar o relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na última quarta-feira (14), já havia chamado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “traidor da pátria” e minimizado o financiamento dos atos golpistas na frente dos Quartéis-Generais.
Em sua conta no Twitter, no dia 26 de maio, o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou Moraes sobre a licitude de descumprir a Constituição Federal sob o argumento de que busca protegê-la. O bolsonarista ainda evocou o ex-deputado Ulysses Guimarães: “A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia”, escreveu.
Do Val também afirmou, no último domingo (11), que os acampamentos golpistas montados por bolsonaristas na porta dos QG’s não foram financiados por empresários e sim receberam doações de produtores rurais.
“Imagens inéditas sobre o dia 08 de janeiro. Não havia empresários financiando o acampamento, tinha produtores fazendo doações. Depois irei soltar outras imagens inéditas”, escreveu o apoiador do ex-chefe do Executivo no Twiiter.

Vale destacar que o parlamentar teve a conta do Twitter retida na última quinta-feira (15). Os perfis no Facebook e Instagram também saíram do ar. Entretanto, a conta do senador no YouTube continua ativa.

Do Val ainda foi alvo de uma ordem de busca e apreensão assinada por Alexandre de Moraes, na última quinta-feira (15). O bolsonarista está sendo investigado por tentativa de golpe de estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A PF também havia solicitado que ele fosse afastado de seu mandato no Senado por possível interferência na apuração sobre os ataques terroristas de 8 de janeiro, segundo o Metrópoles.