Antes de fugir do governo Temer, tucanos vão tatuar na testa de Aécio: “Eu sou ladrão e vacilão”. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 11 de junho de 2017 às 10:18
Vida dura

 

O casamento de Aécio e Temer veio de uma tramoia que desembocou numa fraude e agora precisa se renovar em outro golpe.

Tentando sobreviver, Aécio Neves está articulando com Michel a permanência do PSDB no governo.

A decisão será tomada pelos tucanos amanhã. Há um movimento forte pelo desembarque.

Os tucanos são sócios do governo desde o primeiro momento. Os grampos de Aécio mostram-no desempenhando papel líder da ratoeira, fazendo triangulações até mesmo com a TV Record e com Moreira Franco.

A papelada apreendida em sua casa tinha planilha com suas indicações.

O abandono do governo Temer esbarra na hipocrisia do discurso. O partido justificaria essa atitude com base na quantidade de lama do Planalto etc. 

Do ponto de vista prático, essa ruína atrapalha as eleições de 2018.

Mas e Aécio? O que ele ainda faz no PSDB? Como não foi expulso, já que se fala em corrupção?

Se a conversa moralista fosse para valer, como a legenda mantém em sua cúpula um sujeito pilhado, entre outras coisas, pedindo 2 milhões de reais a Joesley Batista — sendo que parte desse dinheiro foi parar com Zezé Perrella?

Aécio e Temer serão os primeiros políticos com popularidade negativa na história. Na última pesquisa Vox Populi, o mineiro tinha 1% de intenção de voto estimulada.

Ele é um dreno. Antes de se livrar de Temer, o PSDB precisa se livrar de Aécio Neves.

É guerra de facções. Os correligionários de Aécio vão acabar fazendo um vídeo no YouTube com sua testa sendo tatuada com a frase “Eu sou ladrão e vacilão”.