O casamento de Aécio e Temer veio de uma tramoia que desembocou numa fraude e agora precisa se renovar em outro golpe.
Tentando sobreviver, Aécio Neves está articulando com Michel a permanência do PSDB no governo.
A decisão será tomada pelos tucanos amanhã. Há um movimento forte pelo desembarque.
Os tucanos são sócios do governo desde o primeiro momento. Os grampos de Aécio mostram-no desempenhando papel líder da ratoeira, fazendo triangulações até mesmo com a TV Record e com Moreira Franco.
A papelada apreendida em sua casa tinha planilha com suas indicações.
O abandono do governo Temer esbarra na hipocrisia do discurso. O partido justificaria essa atitude com base na quantidade de lama do Planalto etc.
Do ponto de vista prático, essa ruína atrapalha as eleições de 2018.
Mas e Aécio? O que ele ainda faz no PSDB? Como não foi expulso, já que se fala em corrupção?
Se a conversa moralista fosse para valer, como a legenda mantém em sua cúpula um sujeito pilhado, entre outras coisas, pedindo 2 milhões de reais a Joesley Batista — sendo que parte desse dinheiro foi parar com Zezé Perrella?
Aécio e Temer serão os primeiros políticos com popularidade negativa na história. Na última pesquisa Vox Populi, o mineiro tinha 1% de intenção de voto estimulada.
Ele é um dreno. Antes de se livrar de Temer, o PSDB precisa se livrar de Aécio Neves.
É guerra de facções. Os correligionários de Aécio vão acabar fazendo um vídeo no YouTube com sua testa sendo tatuada com a frase “Eu sou ladrão e vacilão”.