Ao apoiar Freixo, o PT me surpreendeu e mostrou compreensão da conjuntura que me comoveu. Por Mílton Temer

Atualizado em 4 de fevereiro de 2019 às 9:15
Parlamentares do PT, na formação do bloco de oposição na Câmara

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO FACEBOOK DO AUTOR.

Já marquei posição no resultado que obtivemos. Mas, diante de um falso dilema que mantém o debate aceso, volto ao tema.

A DESPEITO DOS VOTOS PT que correram para MiniMaia, priorizo ressaltar a importância dos que se mantiveram fiéis ao acordo, consolidando o essencial.

Consolidando um bloco de esquerda combativa para se contrapor à nova cúpula pró contra-reformas que hegemoniza o covil parlamentar.

E POR QUE O FAÇO? Por uma razão simples. Eu não acreditava, lá atrás, que o PT acatasse a decisão do PSOL de lançar a candidatura de Marcelo Freixo. Achava que, assim como o PSB, o PT lançaria candidatura própria.


O PT ME SURPREENDEU. Mostrou uma compreensão da conjuntura que me comoveu. E decidiu, tendo a maior bancada não só do Bloco, como do próprio covil (Câmara dos Deputados), pelo apoio a Freixo.


QUEM CONHECE minimamente as condicionantes que determinam os caminhos da luta interna dos partidos de esquerda; quem conhece minimamente as condicionantes dos caminhos que norteiam as afirmações das nuances que separam os partidos de esquerda não pode deixar de louvar esse ato do PT.


ENTÃO DEIXEMOS para as instâncias internas do PT, se assim lhe aprouver, a cobrança dos que romperam o pacto.

E sem cometer a injustiça de, por conta dos trânsfugas, generalizar uma comparação inaceitável com o apoio do PCdoB, formal, a MiniMaia.

LUTA QUE SEGuE!!

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Mílton Temer é jornalista e politico filiado ao PSOL. Foi deputado estadual e deputado federal.