
Gabriela Hardt, conhecida por seu papel como juíza substituta nos casos da Lava-Jato no Paraná, fez revelações inéditas sobre sua atuação e criticou seu sucessor, Eduardo Appio. Em um depoimento concedido ao juiz Octávio Costa, da Corregedoria Nacional de Justiça, em maio de 2023, ela admitiu possíveis erros em um dos casos da operação durante sua gestão na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.
De acordo com informações do jornal O Globo, ela expressou que “seria melhor para a Justiça” se não estivesse à frente de certos processos devido à controvérsia gerada por seu nome:
“Não temo nada (em relação à correição), porque tenho convicção que posso ter errado até no caso do Tacla Duran (…). Mas, assim, se eu errei, não foi culposo. Foi por excesso de trabalho, por equívoco, e é isso. Entendo que seria melhor para a Justiça se eu não estivesse nesses processos. Pela polêmica que causa o meu nome”.
As declarações de Hardt foram parte de uma investigação interna conduzida pela Corregedoria Nacional de Justiça sob o comando de Luis Felipe Salomão. Salomão posteriormente a afastou de suas funções, alegando irregularidades em sua atuação, juntamente com outros três colegas magistrados.
Embora a medida contra Hardt tenha sido revertida pelo CNJ, a investigação resultou no afastamento de dois desembargadores do TRF-4 (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

No depoimento, que durou cerca de sete minutos, Hardt mencionou o caso do advogado Rodrigo Tacla Duran, que foi apontado pelo Ministério Público Federal como operador financeiro da Odebrecht no exterior durante o auge da Lava-Jato. Ele, que nega as acusações e alega extorsão por parte dos procuradores, levantou questionamentos processuais frequentes que teriam sobrecarregado os servidores da 13ª Vara.
Hardt também criticou a conduta de seu sucessor, Eduardo Appio, mencionando um episódio em que ele teria demonstrado inicialmente apoio, mas posteriormente se mostrou hostil em relação a uma servidora envolvida em um processo específico.
“O Appio escorraçou ela da Vara. Ela teve que sair (…). Por conta dessa situação, eu percebi que aquela pessoa (Appio) que se fingia ser minha amiga, tinha ido para lá (a Vara) por outras razões (…)”, alegou ela sobre Appio, que foi afastado de suas funções após ser acusado de interferência indevida em um caso da Lava-Jato.
Enquanto Hardt enfrenta um pedido de afastamento apresentado por Tacla Duran, ela também se declarou suspeita para despachar sobre um tópico administrativo em um caso que agora está sob jurisdição da Justiça Eleitoral. A magistrada optou por não se pronunciar sobre o assunto devido a razões pessoais.
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