Ao exonerar nove assessores, filho de Bolsonaro dá pinta de que limpa a área com receio de Bebianno. Por José Cássio

Atualizado em 16 de fevereiro de 2019 às 13:02

 

Maurício Lima, da Veja, conta em sua coluna neste sábado que Calos Bolsonaro, enquanto se dedicava com o pai na fritura de Gustavo Bebianno, exonerou nove assessores do seu gabinete na câmara de vereadores do Rio.

Taxado de louco (um palaciano próximo de Jair Bolsonaro chegou a dizer que só uma camisa de força seria capaz de contê-lo), bobo Carluxo não é: ao mandar a turma vazar, sinaliza que se prepara para a próxima etapa da guerra contra o, ainda, secretário-Geral da Presidência.

Com o Coaf sob a jurisdição do aliado Sergio Moro, pode ser que a preocupação repentina não seja com aspectos relacionados às movimentações financeiras dos assessores, como aconteceu no gabinete do irmão Flávio na Alerj.

O mais provável é o medo da espreita organizada por Bebianno, afinal estamos tratando de um especialista em “laranjas” e escamoteações administrativas.

Num post no Instagram, Bebianno discorreu sobre lealdade para mandar recado à dupla Jair e Carlos. À amigos, tem dito que se cair leva o presidente junto.

O recado do desafeto no Instagram

Não precisa ser Bidu para saber que a vida dos Bolsonaros é um mato sem fim de irregularidades: uso imoral de dinheiro público, relações nada republicanas com quadrilhas de milicianos e abuso de autoridade são apenas alguns exemplos.

Carlos deu bandeira ao assinar a exoneração.

Acendeu o fogo e lançou fumaça no ar. Vai ficando fácil trilhar o caminho que pode levá-lo ao poço das ariranhas.

Se Bebianno mantiver a palavra e abrir a boca, o reino do baixo clero da família Bolsonaro não demora para desmoronar.

Segunda-feira promete.