Nesta segunda-feira (4), durante sua visita à Alemanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou suas críticas ao modelo atual do Conselho de Segurança da ONU e reafirmou o compromisso do Brasil em discutir reformas nos modelos de governança global durante sua presidência no G20. Para o petista, as grandes potências, ao ignorar guerras e acordos climáticos, estão “brincando com o planeta”.
“A desgraça começou no primeiro atentado”, disse em relação ao ato do Hamas em 7 de outubro. “A ONU deveria intervir para que encontrasse uma solução” disse no pronunciamento, ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, que, diferente de Lula, destacou que “Israel está se defendendo contra o terror”.
O chefe de estado brasileiro afirmou que abordou essas questões durante uma reunião com Scholz, ressaltando o compromisso do Brasil com temas cruciais como combate à fome, desigualdade e mudanças climáticas, além da necessidade de repensar a governança global.
“A ONU não está cumprindo o papel histórico para o qual ela foi criada”, afirmou Lula, referindo-se aos conflitos recentes entre Rússia e Ucrânia e de Israel contra a Faixa de Gaza, que, em sua visão, evidenciam a irracionalidade humana.
“Quem está pagando o preço é o povo palestino inocente, as mulheres, as crianças. São 15 mil mortos, dos quais quase 7 mil crianças, e 80% crianças e mulheres, além de 7 mil desaparecidos. Esqueça a minha condição de presidente do Brasil, a minha condição de humanista é que não há porque haver essa guerra”, afirmou.
O presidente reforçou suas críticas ao poder de veto dos países membros do Conselho de Segurança e à falta de respeito pelas decisões estabelecidas. “Os países que mais produzem e vendem armas e fazem guerra são aqueles que não passam pela decisão do Conselho de Segurança. Quando alguma decisão passa e não interessa a um dos membros, eles têm o direito de veto”, pontuou Lula.
Durante a presidência rotativa do Brasil no G20, Lula pretende discutir os modelos atuais de governança global. Ele expressou a necessidade de repensar a governança global, especialmente em questões ambientais, garantindo que as decisões sejam efetivamente implementadas.
O presidente também criticou o não cumprimento de acordos climáticos, mencionando o Protocolo de Kyoto e os acordos de Paris. Lula ressaltou a importância de colocar em prática as decisões resultantes da COP28 em Dubai para evitar repetir o que ocorreu com acordos anteriores, alertando que a Terra não pode mais suportar o descaso humano com o meio ambiente.
“Espero que as decisões de Dubai sejam assumidas, porque senão estamos brincando de enganar o planeta Terra, e o planeta está nos dizendo ‘não brinquem comigo, já suportei muitas adversidades, explosões, não posso mais suportar o desaforo e desinteligência do ser humano em não tratar bem o habitat natural em que a gente mora”, alertou.
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