O ministro Eduardo Pazuello quase saiu do governo Bolsonaro.
Veja a coletiva dele após essas especulações.
Nela, Pazuello disse, sem citar nomes, que os médicos da Unidades Básicas de Saúde estão autorizados a prescrever remédios mesmo sem comprovação científica no tratamento da Covid-19.
“Sabemos que não temos medicação específica”, disse o ainda ministro. “Mas cabe aos médicos receitar o que acharem necessário, eles estão autorizados para isso, mesmo sem constar na bula”.
Sondada por Bolsonaro para assumir o lugar de Pazuello no ministério, a cardiologista e intensivista Ludhmila Abrahão Hajjar, 42, diretora de ciência e tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, diz que está havendo um otimismo exagerado em relação à cloroquina, que há riscos cardíacos no uso da droga e que jamais a adotaria para casos leves.
“Cloroquina não é vacina. Está sendo vista como salvadora, e não é. Mas se você fala isso, já começa a apanhar porque virou uma questão nacional de pressão. Mas a realidade científica é essa, não tem evidência”, diz a médica e professora do InCor (Instituto do Coração.
LEIA TAMBÉM: Ministério da Saúde pressiona Manaus para usar cloroquina e ivermectina contra covid-19
No fim, Pazuello admitiu que Bolsonaro está buscando um novo ministro da Saúde. Por enquanto, ele segue ministro, disse.
Acompanhe a coletiva de Pazuello ao vivo.