Neste domingo (7), o presidente Lula (PT) participa do tradicional desfile de 7 de setembro em Brasília. A cerimônia, acompanhada por ministros e autoridades, é usada pelo governo para reforçar mensagens de soberania nacional e patriotismo, em contraste com o discurso bolsonarista e em meio à repercussão do tarifaço anunciado por Donald Trump contra o Brasil.
Na Esplanada, os ministérios foram decorados com cartazes que traziam frases como “Brasil Soberano” e “Governo do Brasil do lado do povo brasileiro”.
Bonés com o mesmo slogan foram distribuídos ao público. Antes da solenidade, o governo apresentou uma canção interpretada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, com versos que exaltam o orgulho nacional.
O evento contou com a presença de ministros de partidos que deixaram a base aliada recentemente, como União Brasil e Progressistas. A participação de André Fufuca, Waldez Goés e Frederico Siqueira Filho foi vista como sinal de alinhamento parcial à agenda de Lula, apesar do afastamento formal.
Já no Judiciário, não compareceram Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, e do Legislativo, Davi Alcolumbre (União-AP) também esteve ausente, enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), marcou presença.
Na véspera, Lula fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. O discurso de pouco mais de cinco minutos destacou a defesa da soberania e criticou pressões externas.
“O Brasil não será colônia de ninguém. O único dono deste país é o povo brasileiro”, afirmou.
O presidente também chamou de “traidores da pátria” os adversários que, segundo ele, atuam contra os interesses nacionais, e reforçou bandeiras como a regulação das redes sociais, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a defesa do Pix.