Maria Bethânia rejeita o rótulo que uma mulher que envelhece precisa se abster da vida sexual. Aos 77 anos, a cantora é categórica quanto a isso: está mais do que mais do que bem resolvida quanto a essa parte. “Se eu me apaixonar, pouco me importa se é homem, mulher, cachorro, periquito ou papagaio”, contou.
A cantora baiana se prepara para uma nova fase em sua carreira. Em 2025, ela completa 60 anos de estrada e, na semana que vem, sobe ao palco em um festival no Rio de Janeiro ao lado de Tim Bernardes, que desponta com um novo nome da música brasileira. Neste momento, Maria Bethânia faz reflexões sobre sua vida e o papel de mulher.
“Desde o meu show de aniversário, no Vivo Rio (em junho de 2022), com pista livre, gostei de fazer assim. É um pouco a arena em que estreei, misturando público com palco. Então, voltou um desejo de que isso permanecesse. E os festivais trazem isso. Tenho sido feliz”, contou ela, em entrevista ao jornal O Globo, sobre estar em um festival.
Namoradeira, sim. E daí?
A artista também não fugiu de nenhuma pergunta acerca de sua vida pessoal e falou sobre os amores que colecionou ao decorrer de sua trajetória. Entre eles, então: Antonio Pitanga, Fábio Jr., Jerry Adriani. “A mulher não perde a libido. Pelo menos, que eu saiba. Comigo não tem Papai Noel, não”, brincou.
Ela também que, parte dessa mentalidade, é o segredo para ter uma boa qualidade de vida na longevidade. “Eu me entrego ao que faço, ao que canto, ao que gosto. Tenho a sorte de ter nascido de minha mãe e de meu pai. Minha mãe morreu aos 105 anos. Caetano está com 81, fazendo um show de garoto de 18. Lidar com música, com poesia, eleva um pouco. Tira a gente desse chão meio duro de ser vivido. Se tem poema, você dá uma voada. Quando ouve uma canção bonita, dá um respiro diferente”.