
A Enel, que tem sido alvo de críticas devido ao apagão de energia em algumas regiões de São Paulo, reduziu significativamente o número de funcionários desde 2019, de acordo com dados apresentados pela própria companhia à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Ao todo, 2,1 milhões de clientes foram impactados desde a última sexta-feira (3). Cerca de 413 mil ainda estão sem luz em diversas cidades, conforme atualização feita no domingo (5).
Entre 2019 e 2023, houve uma redução de quase 36% no quadro de funcionários da Enel. Em 2019, a empresa contava com 23.835 funcionários e colaboradores, incluindo profissionais contratados pela empresa e terceirizados que vieram da antiga Eletropaulo. Já no final de setembro de 2023, a concessionária tinha 15.366 profissionais, uma diminuição de 35,5% em quatro anos. Os números foram divulgados pela CNN.
No mesmo período, o número de clientes atendidos pela Enel na região metropolitana de São Paulo cresceu 7%, totalizando 7,85 milhões de consumidores em residências e empresas.
Em 2019, a Enel tinha um funcionário para cada 307 clientes. Atualmente, cada empregado da companhia trabalha para atender, em média, um grupo de 511 consumidores.
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A empresa também afirmou que está respondendo de forma mais eficaz na recuperação da rede do que em 2019.
“Naquele ano, em uma situação de fortes chuvas, a Enel São Paulo restabeleceu o fornecimento de energia para 650 mil clientes em até 24 horas. No último sábado (4/11), após a ventania de mais de 100km/h – a mais intensa registrada nos últimos anos, com danos severos à rede de distribuição –, 960 mil clientes tiveram o fornecimento de energia normalizado em 24 horas”, afirmou a concessionária, em nota.
A companhia também informou que realiza um investimento médio anual de R$ 1,3 bilhão, um volume recorde, e que esse investimento é direcionado principalmente para a digitalização e automação da rede elétrica, resultando em melhorias nos indicadores de qualidade e eficiência da empresa.
A Enel ressaltou que o restabelecimento da energia em São Paulo ocorrerá gradualmente e que ainda não há uma previsão exata para a normalização completa do serviço. A maioria dos apagões foi causada por quedas de árvores em fiações, e a remoção das árvores dos pontos críticos é necessária para a restauração da rede.