Apoiador do MBL expõe a estratégia do grupo contra o Padre Júlio Lancelotti

Atualizado em 6 de janeiro de 2024 às 9:22
O padre Jùlio Lancellotti. Foto: Reprodução

Eduardo Milano, um apoiador do MBL, foi às redes sociais expor a estratégia do grupo contra o Padre Júlio Lancelotti, que é alvo da CPI das ONGs, voltada à investigação do religioso e de organizações sociais atuantes no centro de São Paulo.

A CPI, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), um dos cofundadores do MBL, deve ser instalada assim que a Câmara Municipal de São Paulo retomar os trabalhos, em fevereiro. O foco principal da comissão é a atuação do padre Júlio na região central da capital, mais especificamente na cracolândia, e a relação dele com as entidades.

No X, antigo Twitter, Eduardo parece assumir um papel de vilão de desenho animado ao revelar os planos para “derrotar” Júlio Lancelotti:

“O MBL agora não pode se envolver e isso ficou bem claro. Então deixa para nós que nós é meio maluco mesmo e a gente sai no modo vai caralho e num sobra um na frente. Enquanto a tropa principal ataca a Mynd8 a gente se junta como o gado e vai pra cima de falso padre”, escreveu.

Em outro tuíte, em resposta a Renan Santos, Coordenador Nacional do MBL, Eduardo continua explicando o tal plano do grupo: “Vou traduzir para a militância. O Kim não pode se envolver nessa ‘pica’, a militância do MBL vai focar no confronto com a Mynd8, enquanto a bolsonarista vai para cima do padre com Rubinho em posse dos vídeos. Em 2 frentes eles não tem como se defender, vão ter que escolher uma”.

“Na Mynd8 sem o gado para fazer merda o jogo é nosso igual fizemos contra o Slepe [ referência ao Sleeping Giants, grupo que também foi alvo do movimento de extrema-direita]. Estratégia e muita calma pois o PT está na merda e não vai ter pano da Globo que segure”, explicou.

O “plano infalível” delineado pelo apoiador do grupo se dá após o MBL publicar uma nota nas redes sociais na última quinta-feira (4) dizendo que a “briga” com o padre Júlio não é sua. “Haverá o momento de confronto com ele e com a indústria da miséria que constrói o centro de São Paulo. Mas não é agora”, destaca o MBL, que alega “conhecer bem a índole e os contatos” do padre.

O grupo político diz ainda que o religioso é “a figura mais blindada da esquerda”. Vale destacar que o padre vem recebendo apoio de figuras ligadas ao governo Lula desde que se tornou pública a informação da possível abertura da CPI.

“A maior das lutas é contra a censura, que a despeito da Mynd e cia, tende a entrar em pauta novamente. Fomos fundamentais nesse tema em 2023; não será diferente no ano que se inicia”, completou o MBL.

Nota do MBL publicada no Story do Instagram. Foto: reprodução

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