O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar da 16ª Cúpula dos Brics por videoconferência na manhã desta quarta-feira (22). O discurso do petista está agendado para ocorrer por volta das 7h30 (horário de Brasília).
Inicialmente, Lula iria comparecer à reunião presencialmente, que está sendo realizada em Kazan, na Rússia. No entanto, após sofrer um acidente doméstico no sábado (19) – quando caiu no banheiro e precisou levar cinco pontos na nuca –, o presidente cancelou sua viagem.
Presidente Lula participa, por videoconferência, da reunião ampliada da 16ª Cúpula do BRICS https://t.co/a0YM5HtVdD
— Lula (@LulaOficial) October 23, 2024
Na terça-feira (21), Lula conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, que é o anfitrião do evento. A ligação foi atendida no Palácio da Alvorada, onde o chefe do Executivo está despachando desde o ocorrido.
“O presidente Putin quis saber sobre o estado de saúde do presidente e lamentou que ele não pudesse comparecer à Cúpula dos Brics. O presidente Lula também lamentou, devido ao acidente sofrido no sábado. Serão feitos os arranjos para que ele participe da reunião por videoconferência”, conforme nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
A cúpula do Brics começou na terça-feira e prossegue nesta quarta-feira. Representando o Brasil no evento, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está à frente da delegação brasileira na Rússia.
Analistas internacionais observam que Putin está utilizando essa cúpula como uma forma de demonstrar que não está isolado globalmente, apesar das sanções impostas por potências ocidentais desde 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
Durante o evento em Kazan, Putin tem mantido encontros com líderes globais como Xi Jinping (China), Masoud Pezeshkian (Irã), o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o presidente turco Tayyip Erdogan.
O Brics foi inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, e a África do Sul foi integrada posteriormente. Este ano, novos membros foram aceitos no grupo, incluindo Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, embora a Arábia Saudita ainda não tenha aceitado formalmente o convite.
Segundo o Itamaraty, o principal assunto da cúpula de Kazan é a criação de uma nova categoria de “países parceiros” do Brics, que permitiria a adesão ao bloco sem os mesmos privilégios dos “membros plenos”, como o Brasil.