Após acidente doméstico, Lula participa de reunião dos BRICS por videoconferência

Atualizado em 23 de outubro de 2024 às 7:40
O presidente Lula (PT): após acidente doméstico, ele vai falar por videoconferência na Cúpula dos Brics. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar da 16ª Cúpula dos Brics por videoconferência na manhã desta quarta-feira (22). O discurso do petista está agendado para ocorrer por volta das 7h30 (horário de Brasília).

Inicialmente, Lula iria comparecer à reunião presencialmente, que está sendo realizada em Kazan, na Rússia. No entanto, após sofrer um acidente doméstico no sábado (19) – quando caiu no banheiro e precisou levar cinco pontos na nuca –, o presidente cancelou sua viagem.

Na terça-feira (21), Lula conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, que é o anfitrião do evento. A ligação foi atendida no Palácio da Alvorada, onde o chefe do Executivo está despachando desde o ocorrido.

“O presidente Putin quis saber sobre o estado de saúde do presidente e lamentou que ele não pudesse comparecer à Cúpula dos Brics. O presidente Lula também lamentou, devido ao acidente sofrido no sábado. Serão feitos os arranjos para que ele participe da reunião por videoconferência”, conforme nota divulgada pelo Palácio do Planalto.

A cúpula do Brics começou na terça-feira e prossegue nesta quarta-feira. Representando o Brasil no evento, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está à frente da delegação brasileira na Rússia.

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Vladimir Putin, presidente da Rússia: eles conversaram por telefone. Foto: Reprodução

Analistas internacionais observam que Putin está utilizando essa cúpula como uma forma de demonstrar que não está isolado globalmente, apesar das sanções impostas por potências ocidentais desde 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.

Durante o evento em Kazan, Putin tem mantido encontros com líderes globais como Xi Jinping (China), Masoud Pezeshkian (Irã), o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o presidente turco Tayyip Erdogan.

O Brics foi inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, e a África do Sul foi integrada posteriormente. Este ano, novos membros foram aceitos no grupo, incluindo Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, embora a Arábia Saudita ainda não tenha aceitado formalmente o convite.

Segundo o Itamaraty, o principal assunto da cúpula de Kazan é a criação de uma nova categoria de “países parceiros” do Brics, que permitiria a adesão ao bloco sem os mesmos privilégios dos “membros plenos”, como o Brasil.

Ainda na terça-feira, os Brics decidiram não incluir a Venezuela na lista de possíveis “países parceiros”, o que está em linha com o desejo do governo brasileiro.