O “Eixo da Resistência”, movimento armado do Oriente Médio que se opõe à influência de Israel e do Ocidente na região, prometeu uma retaliação ao ataque promovido pelos Estados Unidos e Reino Unido contra rebeldes houthis, no Iêmen, na noite desta quinta (11).
A liderança do grupo iemenita prometeu promover uma retaliação ao ataque ocidental, enquanto aliados, como o Irã e o Hamas, condenaram a ofensiva e afirmaram que haverá consequências. Porta-vozes do Eixo citaram “punição” e “retaliação” ao falar sobre o tema.
Mesmo após os ataques, autoridades houthis anunciaram que as ações continuarão no Mar Vermelho contra navios de Israel ou embarcações que têm como destino portos israelenses. “Não é uma opção para nós não responder a essas operações. Agora, a resposta, sem dúvida, será mais ampla”, afirmou Mohammed Abdul Salam, um dos porta-vozes do grupo, à Al-Jazeera.
Horas antes, o líder houthi Abdel-Malik al-Houthi transmitiu um pronunciamento na TV iemenita e afirmou que “nenhum ataque americano ficará sem resposta”. “Não será como a operação realizada recentemente com mais de 24 drones e vários mísseis, mas mais importante”, ameaçou.
Os EUA e o Reino Unido fizeram um ataque contra posições houthis nas cidades Sanaa e Hodeihah após ofensiva dos rebeldes contra navios comerciais no Mar Vermelho. Segundo autoridades iemenitas, foram 73 bombardeios, que deixaram cinco pessoas mortas e cinco feridas.
Ao menos dez países endossaram o ataque, sendo um deles o Bahrein, que fica na região. Em comunicado conjunto, as nações chamam a ofensa de “ação defensiva” para interromper os ataques a navios no Mar Vermelho.
O presidente americano Joe Biden afirmou que o objetivo da missão foi “desanuviar as tensões e restaurar a estabilidade” na região.