Após ato na USP, Carta pela Democracia chega a 1 milhão de assinaturas

Atualizado em 11 de agosto de 2022 às 23:43
Salão Nobre da Faculdade do Largo São Francisco – Crédito Egberto Nogueira/ímã foto galeria

No dia de sua leitura na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP, a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” chegou a um milhão de assinaturas.

O documento foi inspirado na “Carta aos Brasileiros” lida na mesma Faculdade em 1977: na época, o Brasil vivia a ditadura e a fala do jurista Goffredo da Silva Telles denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos.  Corajosa, a manifestação pedia o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

A sociedade civil em 2022 movimentou-se em torno deste documento, que alcançou a marca histórica de um milhão de signatários.

Kakay e Marco Aurélio de Carvalho, expoentes do Prerrogativas. Egberto Nogueira/ímã foto galeria

A atual carta alcançou a adesão de nomes bastantes representativos da sociedade civil, não apenas do campo do direito, em que 12 ex-ministros do STF participaram, mas também entre os presidenciáveis: apenas três não participaram, entre eles, Jair Bolsonaro e ex-presidentes, como  Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso. No campo da cultura também aderiram: nomes como Chico Buarque, Fernanda Montenegro, Gal Costa, Maria Bethânia e Luiz Fernando Veríssimo, entre outros.

Entidades representativas do PIB também marcaram presença: Febraban, FIESP, entre outras, subscrevem o documento, bem como a CUT, a Força Sindical, a UNE e outras organizações representantes da sociedade civil.

Manifestante com a Bandeira do Brasil no pátio das Arcadas.Egberto Nogueira/ímã foto galeria

O presidente Jair Bolsonaro vem ironizando a Carta e seus signatários, em clara manifestação de incômodo com a mobilização causada pelo documento.

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