Após áudio golpista, Sérgio Reis é alvo de 29 subprocuradores por incitação ao crime

Atualizado em 17 de agosto de 2021 às 18:11
Sérgio Reis

O bolsonarista Sérgio Reis continua arrumando problemas após seu áudio dando a entender que iria “quebrar tudo” no STF “com o povo”.

LEIA MAIS:

1 – Fala negacionista do general Heleno sobre artigo 142 deveria ser crime. Por Lenio Streck

2 – Live das 5 – Braga Netto diz a deputados que não houve golpe em 64; mulheres do Afeganistão fazem protesto

Sérgio Reis enrascado

Sérgio Reis. Foto: YouTube/ Reprodução

Trata-se de um grupo de 29 subprocuradores-gerais da República.

Esse grupo entrou com uma representação junto à Procuradoria da República no Distrito Federal contra o cantor Sérgio Reis por suas declarações de que caminhoneiros parariam o país até que o Senado afastasse os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de seus cargos. Os subprocuradores afirmam que a ameaça pode configurar crime de incitação à subversão da ordem política ou social, além de incitação ao crime.

Essa peça afirma que o movimento que está sendo organizado pelo cantor pretende obstruir rodovias, fechar portos, aeroportos e impedir a livre circulação de pessoas e bens, a fim de pressionar o Congresso a implementar o voto impresso —pauta bolsonarista já derrotada na Câmara— e o pedido de impeachment de ministros do Supremo.

“Diante dos graves acontecimentos que têm marcado a história recente do país, em particular as frequentes ameaças de ruptura institucional e de desrespeito à independência dos poderes e de seus integrantes, solicitamos a Vossa Excelência a distribuição desta representação a um dos membros oficiantes na área criminal, com vistas à adoção das providências que forem entendidas cabíveis”, afirmam os subprocuradores.

Representação foi encaminhada ao coordenador criminal da Procuradoria da República no Distrito Federal, Carlos Henrique Martins Lima. Signatários ainda afirmam que um eventual colapso dos serviços públicos por causa da paralisação poderia ter consequências sobre a saúde pública no país, que ainda atravessa a crise da Covid-19.

Com informações de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.