Após bandeira vermelha na conta de luz, governo pede plano de contingência ao ONS

Atualizado em 3 de setembro de 2024 às 20:14
Sede da Aneel no Distrito Federal. Foto: Divulgação

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acionou o Operador Nacional do Sistema (ONS) e pediu a elaboração de um plano de contingência para garantir o fim da insegurança energética no Brasil até 2026. A solicitação foi enviada após a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acionar a bandeira vermelha patamar 2 para setembro.

No pedido feito ao ONS, o ministro afirma que a seca está acima da média e vem prejudicando diversas regiões do país. Silveira ainda exigiu que os gestores do setor energético adotem “medidas urgentes”.

“Nós vivemos um problema climático sério, é importante que se compreenda isso e o setor elétrico é o que mais sofre. A temperatura sobe, gasta-se mais energia. Menos água, menos chuva, energia mais cara. Precisamos trabalhar com o equilíbrio constante”, aponta o ministro.

A medida da Aneel foi tomada na última sexta (30). A bandeira vermelha patamar 2 é a mais alta da escala e funciona como um alerta ao consumidor para a necessidade de reduzir o uso. O valor a cada 100 quilowatts-hora (kWh) deve chegar a uma taxa de R$ 7,87 e o reajuste pode chegar a 13% na conta do mês.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foto: Divulgação/MME

Para Silveira, o país está atravessando um período que passa de seco para úmido, “o mais crítico de todos os anos”. “É preciso ter um planejamento muito minucioso, para passarmos por esse período com toda segurança e resiliência do sistema, utilizando aquele equilíbrio constante que nós temos feito de manter a modicidade tarifária com segurança energética e garantindo energia para todos”, prosseguiu.

O ministro, no entanto, descarta uma crise energética em 2025 e afirma que o país está melhor preparado do que em 2021, quando houve chuvas severas e foi necessário adotar medidas de contenção de demanda. “Tenho a absoluta convicção de que nós não atravessaremos em 2025 o que aconteceu em 2021, que, por falta de planejamento, estivemos à beira de um colapso energético no Brasil”, completou.

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