Após bloqueio de perfis em redes, web é inundada com ‘cortes do Marçal’

Atualizado em 25 de agosto de 2024 às 14:27
Pablo Marçal, candidato em SP pelo PRTB. Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo

Pablo Marçal parece não se importar com o motivo que fez a Justiça bloquear suas redes sociais. Depois de perder seus perfis nas redes sociais no última sexta (23), o candidato a Prefeitura de São Paulo fez uma conta que já alcançou 2 milhões de seguidores e incentiva que seus apoiadores façam vídeos com seus cortes em troca de pagamento feito por ele mesmo.

O PSB, partido de Tabata Amaral, candidata à prefeitura, conseguiu uma liminar contra Pablo Marçal, candidato do PRTB, alegando abuso de poder econômico. O partido acusa Marçal de financiar apoiadores para editar e disseminar vídeos nas redes sociais, em um esquema que envolve mais de 5 mil perfis.

A ação movida pelo PSB afirma que Marçal promove concursos entre seus seguidores, oferecendo prêmios para aqueles que ajudam a ampliar sua presença online. O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, deferiu a liminar, ressaltando que há evidências de que Marçal construiu uma rede robusta para aumentar o alcance de sua imagem nas redes sociais.

Cortes são intensificados após proibição

De volta as redes sociais em um perfil secundário, Pablo comemorou neste domingo (25) o sucesso de popularidade mesmo após a derrota na Justiça. No entanto, o coach já falou por diversas vezes em suas palestras que paga jovens que façam “cortes” de seus conteúdos para viralizar nas redes sociais. E, mesmo após a proibição da Justiça, o empresário assume que não irá parar.

“Quero pedir para todos vocês, agora, que gravem vídeos nos Instagrams de vocês, no YouTube de vocês, todo mundo grave vídeo e posta assim ó, Marçal prefeito de São Paulo, e coloca assim ó, vão derrubar as redes do Marçal”, disse, antes de participar de motociata em Itaquera, na zona leste de São Paulo.