Assim como aconteceu em São Paulo em novembro de 2023, Porto Alegre está sofrendo com a falta de fornecimento de eletricidade após um temporal atingir a cidade. Segundo o prefeito, Sebastião Melo (MDB), cinco estações de tratamento de água, de seis existentes, estão há mais de um dia sem funcionamento, “afetando 1,2 milhão” de porto-alegrenses.
Também seguindo o exemplo paulista, a responsabilidade recai sobre a empresa privada de fornecimento de energia, no caso a Equatorial Energia (CEEE). Melo também reclamou no X, antigo Twitter, da companhia pela falta de resposta até para ele: “A CEEE Equatorial não tem posição precisa sobre o retorno da luz”, escreveu.
Na sequência, o prefeito também cobrou em público que a distribuidora de energia envie alguém para que colabore com o município para restituir o fornecimento na cidade. “Já que a direção da Equatorial não atende o telefone nas últimas horas, fazemos um apelo para que alguém da empresa compareça ao Ceic e nos auxilie na governança conjunta para retomar a normalidade”, apelou na rede social.
Chuva e caos em Porto Alegre
Uma tempestade devastadora atingiu a capital gaúcha na noite de terça-feira (16), deixando um rastro de destruição. A força do vento derrubou aproximadamente 150 árvores, obstruindo vias e aumentando os desafios de mobilidade na cidade. Ruas foram interditadas, complicando o acesso de veículos e pedestres.
Hospitais foram severamente afetados, com relatos de inundações e problemas estruturais. O Hospital de Pronto Socorro, em particular, teve seu funcionamento comprometido devido ao retorno da rede de esgoto e alagamentos em áreas críticas, como a emergência e o 5º andar.
Os Prontos Atendimentos Cruzeiro do Sul e Lomba do Pinheiro precisaram recorrer a geradores de energia elétrica para manter as operações. No Hospital São Lucas, vinculado à PUC-RS, pacientes de enfermaria foram remanejados após destelhamento em três andares e a queda de parte do teto em dois leitos de UTI.
Segundo a MetSul Meteorologia, alguns bairros registraram 75 milímetros de chuva até a meia-noite desta quarta-feira (17). A média histórica para janeiro é de 120 milímetros. A Climatempo relatou ventos excepcionalmente fortes, atingindo 107 km/h na base aérea de Canoas e 89 km/h no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por volta das dez da noite da terça-feira.
O passado de Sebastião Melo
Logo após a reclamação e cobrança pública do prefeito contra a Equatorial, um usuário do X fez questão de relembrar ao político como foi sua atuação enquanto deputado federal do Rio Grande do Sul. Na ocasião, em julho de 2019, Melo deu voto favorável à privatização do fornecimento de energia elétrica no estado.
“Pode acontecer”, ironizou o jornalista Daniel Cassol ao compartilhar o print de uma notícia da época com a lista dos deputados que votaram a favor do projeto de privatização das estatais gaúchas.
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