Após crise, Múcio pede a Lula aumento de 9% em salário de militares

Atualizado em 29 de agosto de 2023 às 8:48
O presidente Lula, o comandante do Exército Tomas Paiva, e o ministro da Defesa José Múcio. Foto: Gabriela Biló

O ministro da Defesa José Múcio Monteiro afirmou que irá fazer um esforço junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à equipe econômica para conceder um aumento de cerca de 9% para o salário dos militares. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A avaliação nas cúpulas militares é que há uma insatisfação generalizada de praças e suboficiais com os salários recebidos. A demanda foi apresentada a Múcio em conversas nos meses de julho e agosto.

Em 2019, houve uma reestruturação de carreira dos militares, criando uma série de benefícios atrelados à conclusão de cursos e promoções por tempo de serviço. Esses benefícios, no entanto, criaram uma série de distorções nos ganhos dos fardados.

Segundo relatos, Múcio já teve conversas sobre o aumento salarial dos militares com Lula e a ministra da Gestão, Esther Dweck. Uma nova discussão será feita em setembro e outubro, em meio às conversas sobre o orçamento de 2024.

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O comandante do Exército Tomas Paiva, o presidente Lula e o ministro da Defesa José Múcio. Foto: Reprodução

A tese defendida pela Defesa é a de que o tratamento de civis e militares deve ser o mesmo. Como os servidores públicos receberam aprovação de um aumento de 9% em seus vencimentos, o ministro da Defesa espera conseguir o mesmo reajuste.

Além disso, o comandante do Exército Tomás Paiva designou o chefe do Estado-Maior da Força, general Fernando Soares, para criar um grupo de trabalho para apresentar uma proposta de reajuste salarial para os militares da Força.

Vale destacar que a reestruturação da carreira de 2019 foi capitaneada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação ampliou a diferença salarial sem fazer mudanças relevantes no soldo, a base do salário do militar.

A lei aumentou o adicional que militares recebem pelos cursos feitos durante a carreira. O problema, segundo relatos de sargentos, é que os cursos só são liberados aos militares após eles alcançarem determinadas patentes ou tempo de serviço.

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